Brasileira que luta pela vida após bombardeio no Líbano perdeu tudo, diz parente

O parente contou que, depois do ataque, Fátima, o marido e as crianças não têm mais para onde ir e buscam ajuda do governo brasileiro para se reestabelecer

Da Redação

O caso da brasileira que teve a casa destruída por um bombardeio no Líbano e está internada, reconfigurada e em estado grave comoveu o país. Nesta terça-feira (04), o Melhor da Noite conversou com Hussein Ezzdein, parente de Fátima Boustani, que está no Brasil e revelou detalhes do processo de recuperação da vítima. Ele destacou que a família “perdeu tudo” no Líbano e está tentando socorro por parte do governo brasileiro.

“Hoje, ela teve uma melhora, não está mais entubada, está conseguindo respirar sem aparelhos. Na hora que ela acordou do coma, ela perguntou dos filhos dela, se estavam vivos ou não. O médico falou para ela que eles estão vivos, ele deixou ela dormir de novo com medo de que ela fique acordado e tenha um novo sangramento no corpo”, disse.

Além de Fátima, Zahraa, filha da vítima, também está hospitalizada. “Ela é uma criança e está em choque porque não sabe o que aconteceu, que foi uma explosão, um ataque e tal. A situação no Líbano está muito delicada e o governador do Sul do Líbano deu um alerta para os libaneses saírem do sul porque os ataques vão ficar mais fortes nas próximas horas e próximos dias”, explicou Hussein.

O parente contou que, depois do ataque, Fátima, o marido e as crianças não têm mais para onde ir e buscam ajuda do governo brasileiro para se reestabelecer. “A casa da família da Fátima ficava no Sul, então eles não tem outro lugar para ir. A família estava toda junta no Brasil e a Fátima foi para o Líbano há dois meses, quando ela ganhou a cidadania brasileira dela. Ahmed estava no Líbano, ele viajou e veio para cá antes de começar essas tragédias. Para eles terem uma nova chance de trabalhar, conquistar uma vida aqui, já que o Líbano está em guerra”, disse.

Quando eu liguei para ele, ele estava gritando no celular. Ele falava: 'Minha família, minha família' e eu comecei a tentar ajudar, conversar com o governo para pedir socorro para ele ser transferido para cá junto com a esposa.

“Esse socorro que a gente está pedindo aqui, com a embaixada brasileira acompanhando, o médico pediu para o estado da Fátima melhorar eles precisam transferir ela para outro hospital na capital. O consultado brasileiro no Líbano deu todo o apoio para a transferência, mas estão aguardando o médico liberar para ela estar em um lugar mais seguro porque eles ainda estão no interior, ainda estão no lugar onde está tendo ataques”, completou o parente.

“Sozinho, o esposo dela não consegue resgatar as crianças da guerra. A solução precisa ser através do governo brasileiro porque eles perderam a casa deles, perderam tudo o que eles tinham. Nós estamos esperando algum responsável do Brasil entrar em contato com o pai das crianças. A gente precisa antecipar os problemas futuros que a gente pode ter com essas crianças”, finalizou.

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.