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Alpinismo em grandes montanhas é seguro? 1º brasileiro a subir Everest responde

Waldemar Niclevicz subiu o Everest pela primeira vez em 1995, voltou em 2005 e planeja a terceira ida em breve para celebrar os 30 anos

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A morte do alpinista Marcelo Motta Delvaux no início do mês em Coropuna Oeste, o vulcão mais alto do Peru, levantou algumas dúvidas sobre a segurança dos atletas que decidem se arriscar em grandes montanhas. Por isso, o Melhor da Noite, desta quinta-feira (18), conversou com o montanhista Waldemar Niclevicz, que foi o primeiro brasileiro a subir o Everest, em 1995.

Durante o papo com Juliano Dip, ele falou sobre a segurança da montanha mais alta do mundo.

"O Everest, de fato, não é tão perigoso. Ele se tornou perigoso nos últimos anos por conta do turismo de muita gente despreparada. Então, de certa forma o Everest se tornou mais fácil porque tem mais estrutura e os guias locais se capacitaram, mas, por outro lado, ele está mais perigoso porque muita gente pensa que apenas dinheiro é o suficiente para você escalar uma montanha, mas o alpinismo é um esporte de risco, perigoso, que requer conhecimento", disse.

Atualmente, ele planeja voltar ao local pela terceira vez. "Vou voltar para a montanha porque tenho uma história ligada ao Everest. Fui o primeiro brasileiro a tentar escalar o Everest. Em 1995, eu fui o primeiro brasileiro a chegar ao topo do Everest ao lado de Mozart Catão em 1995 e subi outra vez em 2005 para comemorar os 10 anos, quis subir em 2015 para comemorar os 20 anos e como ainda tenho 58 anos, estou jovem, penso em voltar para lá."

Waldemar também falou sobre os principais riscos de acidentes que os alpinistas sofrem. "Tem uma coisa que está acontecendo nas populações do mundo inteiro que são as consequências da crise climática, que deixa o glaciar todo fraturado. Esse é o maior risco que um alpinista mesmo experiente corre é de cair em uma daquelas infinitas gretas que ficam escondidas. O alpinista pode pisar ali, cair em um buraco profundo e perder a vida", explicou.

Por fim, ele disse que nunca passou por um grande apuro durante suas escaladas, mas teme possíveis acidentes. "O meu maior medo é me perder no meio de uma tempestade porque fica muito difícil achar orientação e saber para onde está indo."

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