Mel Lisboa revela que viveu situação assustadora com stalker: "Pedi pra parar"

Atriz Mel Lisboa está em cartaz no espetáculo "Misery", baseado na obra de Stephen King

Da Redação

Mel Lisboa
Reprodução/Instagram

Mel Lisboa já viveu muitas personagens intensas ao longo de sua carreia, mas agora ela talvez interprete a mais intensa delas. E “Misery”, em cartaz no Teatro Tuca, em São Paulo, ela é Annie Wilkes, uma mulher que mora isolada em uma fazenda e que salva a vida de um homem após um acidente. Este homem, ela logo descobre, é Paul Sheldon, um famoso escritor e ídolo absoluto dela, tendo escrito sua série favorita. Aos poucos, o amor de fã vai se revelando uma verdadeira obsessão, com consequências perturbadoras. Na vida real, a atriz revelou que também já precisou lidar com um stalker.  

“Teve uma pessoa com a qual cheguei a ficar assustada, nesse sentido de achar que eu estava correndo algum tipo de risco. Teve um dia que eu pedi para parar: ‘Você está me assustando’. A pessoa parou, felizmente. O que acho, para além disso, é a responsabilidade que temos no nosso trabalho. Ele mexe muito com as pessoas, é um trabalho que lida com lugares das pessoas que às vezes elas nem sabem. Você faz com que as pessoas visitem coisas que às vezes não estão preparadas”, destacou ela em entrevista ao programa Antenados, comandado por Danilo Gobatto na Rádio Bandeirantes.

O espetáculo é baseado no livro de Stephen King, que foi adaptado para o cinema em um famoso filme protagonizado por Kathy Bates, que chegou a vencer o Oscar de melhor atriz pelo papel. A intérprete brasileira contou que foi marcada pela performance da americana, mas buscou tornar a personagem essencialmente sua.  

“Eu sou uma fã de Kathy Bates, acho o trabalho dela no filme brilhante. Mas o nosso projeto é completamente diferente do filme. Só por isso não dá para eu tentar fazer algo parecido com o que ela fez. A linguagem cinematográfica é muito diferente da teatral. A pessoa que está sentada na última fileira tem que entender o que está sendo dito, enquanto no cinema você tem uma série de recursos que vão te conduzindo. O teatro é mais cru nesse sentido, você a coisa direto”, frisou.


A peça também tem o diferencial de ser mais irônica e até mesmo cômica do que o filme, que tem um tom bem mais soturno. Dito isso, a história ainda tem momentos de alta tensão, enquanto a personagem de Annie mergulha cada vez mais em ações perturbadoras.

“Você não pode julgar essa personagem, não é o seu papel julgar. O seu papel é entender ela. Você pode não concordar, mas a partir do momento que você está criando você tenta entender as motivações daquela personagem. Eu acho que é um exercício empático, de você tentar entender as motivações dela”, ressaltou Mel.  

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