A médica da influenciadora Isabel Veloso, Melina Branco Behne, explicou que a jovem, de 18 anos, não está em estágio terminal. Segundo a oncologista, a doença da paciente estabilizou, mas ela segue fazendo cuidados paliativos contra o Linfoma de Hodgkin.
Em entrevista ao Gshow, Melina detalhou como está o quadro clínico de Isabel, que anunciou, no início do mês, sua primeira gestação.
"O quadro clínico da Isabel está estável, o tumor está pequeno, com crescimento estagnado e ainda com o controle importante dos sintomas que ela sentia - que eram dores e falta de ar. Agora, o que está sentindo são as ânsias e os vômitos, comuns no início da gestação", disse a médica.
Segundo ela, chegou a aconselhar a influenciadora a evitar a gravidez por conta do estado de saúde dela, que no início do ano foi considerado terminal. "Quando eu e a Isabel conversamos sobre gestação, ela não andava por causa da dor no corpo e usava oxigênio devido à falta de ar. A orientação foi de não engravidar porque os sintomas poderiam piorar. E ainda: seria mais difícil controlá-los porque durante a gestação alguns medicamentos são contraindicados."
Contudo, a especialista garantiu que a quimioterapia, radioterapia e outros tratamentos já feitos não devem atrapalhar o desenvolvimento da criança.
Por fim, Melina explicou que Isabel não é mais considerada uma paciente terminal porque não possui mais uma estimativa de tempo de vida. Em contrapartida, afirmou que o diagnóstico de Linfoma de Hodgkin permanece o mesmo, que a doença está estabilizada, mas não responde a nenhum tratamento.
A jovem segue fazendo cuidados paliativos, que melhora as dores e a qualidade de vida do paciente, mas não trata o câncer.
"A Isabel não está em estágio terminal! E sim, apenas, sob cuidados paliativos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos são uma abordagem que visam melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares que enfrentam problemas associados a doenças graves, incuráveis e que ameaçam a vida - por isso podemos dizer que ela está em cuidados paliativos. Já o estágio terminal é um termo usado para se dirigir ao paciente que o processo ativo de morte já se iniciou e não tem retorno", explicou.
E continuou: "O que fazemos são cuidados paliativos. Na prática, significa que, não tendo mais o tratamento, a cura, para a doença do paciente, nós vamos focar em controlar os sintomas. E assim garantir que todas as necessidades do paciente e dos familiares sejam atendidas. "A Isabel está em acompanhamento paliativo porque teve retorno da atividade tumoral e efeito colateral das quimioterapias realizadas. Ela ficou com neuropatia periférica, gerando dores fortes e crônicas. E, com isso, decidiu não continuar mais o tratamento quimioterápico".