Enquanto a maioria dos participantes do MasterChef Confeitaria temia provas como a escultura de chocolate, Luísa Jungblut esperava ansiosa pela oportunidade de mostrar suas habilidades com o ingrediente. Portanto, nada mais natural do que a confeiteira investir em sua própria marca de chocolates.
Assim nasceu a Giro Chocolates, que chega à Páscoa de 2025 com uma linha cápsula de ovos em quatro sabores: milho tostado; 70% cacau Transamazônico; croc com butiá e maracujá; e castanha-de-caju. Isso irá preparar o terreno para o lançamento oficial da marca, no segundo semestre de 2025.
"Decidi começar a Giro no segundo semestre de 2025, mas fazer essa edição cápsula para a Páscoa, que é um grande momento para quem trabalha com chocolate", explica Luísa em entrevista exclusiva ao Band.com.br.
A ideia é dividir os chocolates em três linhas. A Origens vai trabalhar com o chocolate mais puro. Já a Mistura vai ser uma linha mais usual, com sabores mais tradicionais de chocolate ao leite, utilizando cacau produzido no Rio de Janeiro. Por fim, a Gastronômica vai realizar colaborações com outros chefs.
A magia do chocolate
Desde que fechou seu primeiro empreendimento, ainda em Porto Alegre (RS), Luísa sabia que seu próximo negócio seria dedicado ao chocolate. Confeiteira há 14 anos, ela se apaixonou pelas possibilidades artísticas e de sabores que o ingrediente oferece.
"Eu sempre fui muito do visual, de fazer coisas bonitas, mas, ao mesmo tempo, eu fui encontrando mais sentido dentro da minha profissão quando fui entrando mais a fundo nessa questão dos ingredientes, dos sabores e das harmonizações", conta a entrevistada.
Luísa mudou-se para o Rio de Janeiro e decidiu tatear o mercado antes de recomeçar. Ela colocou os planos na gaveta e esperou pelo momento certo de se lançar novamente no empreendedorismo. E o momento chegou depois de sua participação no MasterChef Confeitaria, em que saiu como vice-campeã.
"Para empreender, tem que ter muita coragem de se colocar, de se expor. Acho que sempre foi uma dificuldade minha", analisa. "Depois do MasterChef, eu não tenho mais vergonha de nada."
Trabalhar com chocolates bean to bar, isto é, do grão à barra, sem aditivos, atribui ainda mais significado à marca. "Trabalhar com bean to bar é sempre uma experiência nova. Depende de cada safra de cacau que você pega, de cada lote. Eu acho muito enriquecedor. Parece que eu faço parte de algo maior", conta Luísa.
Conexão e admiração
Luísa tinha noção de que o MasterChef lhe traria visibilidade, mas se surpreende ao ver quantas pessoas se conectaram com sua história e seu trabalho. "Sinto que tenho a resposta do público que gostou de mim e se encantou pelo meu trabalho. Sinto que tenho uma base para estar junto comigo nessa nova fase", descreve.
A confeiteira acredita que a chave foi ter sido ela mesma durante todo o programa. "Eu tive dois momentos no MasterChef em que eu fui bem autêntica e mostrei minha vulnerabilidade, expus meu lado humano, e muitas pessoas se conectaram", relembra.
A experiência, por fim, parece ter valido a pena. "Eu recebo, até hoje, muita admiração. A gente tem muito medo da exposição porque, claro, a gente tem coisas muito negativas, mas, ao mesmo tempo, a gente encontra conexão e admiração", conclui.
