São 36 anos apaixonada pela cozinha. Assim é Rozana, participante do MasterChef Profissionais 2023. A mineira nascida em Uberlândia e criada em Uberaba tem tanta paixão pela gastronomia, que costuma dizer que é casada com o fogão. “Não tenho filhos, meu casamento é com a gastronomia e nada, nem ninguém, vai tirar esse foco de mim”.
Rozana sempre foi tão decidia sobre sua carreira, que contou ao Band.com.br que nunca nem teve um plano B, caso as coisas não saíssem como o planejado por ela. “O que eu penso a respeito da carreira, hobbies e válvula de escape, tudo tem a ver com cozinha! Eu durmo e acordo pensando na cozinha: é o que eu faço para me divertir, me irritar, ganhar dinheiro...”, disse. “Decidi que a gastronomia, a cozinha e um belo fogão são meus pares de vida e é com eles que sou casada”, completou.
O MasterChef Profissionais 2023 estreia nesta terça-feira (19), às 22h30, na tela da Band, com transmissão simultânea em Band.com.br e Bandplay. Conheça todos os participantes da temporada aqui.
Amor antigo
A história de Rozana com a gastronomia começou desde muito cedo. Suas primeiras memórias na infância já são na cozinha, inclusive, em cima de um banquinho, esquentando a comida para seu irmão mais novo. “Minha mãe precisou sair para trabalhar fora muito cedo (...), eu nem alcançava o fogão”.
Assim que terminou a escola, queria estudar gastronomia, é claro. Mas, encontrou um obstáculo: o curso ainda não era tão popular e não existia na sua região. “Ir para São Paulo estudar gastronomia era financeiramente inviável. Então, estudei nutrição, porque sabia que tinha um ‘braço’ na área de gestão de restaurantes”, disse. Foi o que fez por 10 anos. E, olha, como fez: Rozana foi chefe executiva e responsável técnica. Se especializou no ramo corporativo e trabalhou com gestão de contratos. “Eu era responsável por restaurantes de empresas, que servem funcionários e colaboradores, e produzem 1 mil refeições por dia”.
Destino bateu à porta
O sonho de estar na linha de frente (no fogão mesmo), entretanto, sempre a moveu. Em 2019, foi para a Irlanda, de férias, visitar uma amiga e descobriu que, na época, por lá, havia um mercado de trabalho sedento por cozinheiros – que ganhavam, inclusive, visto do governo. Até cogitou ficar, mas pensou duas vezes e voltou ao Brasil como o planejado. Mas, sabe aquela história de destino? Pois bem, ao chegar no Brasil, sentiu que a ideia poderia, sim, fazer (muito!) sentido.
“Nas semanas seguintes, tudo foi dando meio errado: meu trabalho que dava certo começou a não dar, minha casa alugada, a proprietária pediu de volta... o ápice foi quando a empresa quis me transferir de cidade. Foi, então, que decidi me arriscar”.
O plano era ficar dois anos na Irlanda e trabalhar até ter dinheiro o suficiente para cursar a Le Cordon Bleu, em Paris. Porém, veio a pandemia. “Cheguei lá em fevereiro de 2020 e os restaurantes começaram a fechar. Fui como intercambista, também para estudar inglês, e a escola também fechou. Por sorte, consegui emprego numa pizzaria delivery”.
Rozana agarrou a oportunidade e trabalhou por quase um ano na tal pizzaria irlandesa. Voltou ao Brasil antes do planejado, mas com dinheiro o suficiente para pagar o curso de gastronomia na Le Cordon Bleu, em São Paulo. “Fui estagiaria na própria escola e em restaurantes bacanas da capital, incluindo o da Elisa, primeira campeã do MasterChef Amadores, e um da chef Renata Vanzetto”.
Agora, trabalha como chef de um bistrô corporativo, que fica dentro de um banco de investimentos privado. “Não é um bistrô público, é comercial, exclusivo para sócios, executivos e aos principais clientes deste banco. Uni meus dois mundos”.
MasterChef = oportunidade para alavancar
Fã do programa desde a primeira edição amadores, Rozana se inscreveu na versão profissionais pela segunda vez e enxerga no programa uma vitrine importante. “Quero que o Brasil me conheça. Quero dar meu nome à gastronomia brasileira e quero que me reconheçam pelo meu trabalho. Quero ser uma personagem marcante, que todo mundo se lembre, torça e se identifique”.
Determinada, “turrona” e emotiva – como ela mesma se define – com o dinheiro do prêmio, quer abrir um restaurante com um sócio para lá de especial. “Brinco que vou abrir meu restaurante com o Pedro, meu sobrinho de 9 anos. Ele diz que vai ser chef e acredito que vá mesmo: ele tem o dom!”.