Participante de 78 anos do MasterChef+ relembra juventude: "Tomei tudo"

Cozinheira da 2ª temporada do MasterChef+, Rachel contou um pouco de sua juventude aos jurados do programa; confira o perfil da participante

Aline Naomi

Pensa em uma pessoa que aproveitou muito sua juventude: essa é a Rachel, uma das participantes da 2ª temporada do MasterChef+. A arquiteta aposentada de 78 anos conquistou o avental da edição ao preparar um curry tailandês que agradou ao paladar de Erick Jacquin, Helena Rizzo e Henrique Fogaça.  

Ao conversar com os jurados, Rachel mencionou que um de seus ídolos é Janis Joplin. Fogaça mencionou o Festival de Woodstock e Helena Rizzo aproveitou para perguntar se a cozinheira era hippie. "Fui, mas fui uma hippie controlada", explica. "Entrou na onda? Tomou um LSD?", questiona Fogaça. "Tomei tudo", responde Rachel, arrancando risos dos chefs.  

"Era 1967, o ano da transformação social que a juventude fez naquela época", relembra a cozinheira em entrevista exclusiva ao Band.com.br. "A gente participou de manifestação contra a ditadura, corremos da polícia na rua, esse tipo de coisa. E tinha aquela filosofia hippie de ser contracultura, ser conta a sociedade de consumo, de amor livre. Foi muita confusão, muito sofrimento, mas eu tenho muito orgulho." 

Desafio, desforra e despedida 

Nascida em Belo Horizonte (MG), Rachel mora atualmente em Casa Branca, distrito de Brumadinho (MG). Ela conta que aprendeu a cozinhar cedo, aos 13 anos de idade. "A revista Cruzeiro tinha uma página de receitas, aí eu pegava a receita e ia para cozinha", recorda. "Depois, eu comecei a comprar livros, estudar, testar... Tudo sozinha mesmo." 

Mesmo construindo uma carreira na arquitetura, Rachel flertou muito com a gastronomia durante a vida e chegou a ter oportunidades de trabalhar em uma cozinha profissional — mas nenhuma foi para frente. "Atualmente, eu acho bom não tenha dado certo porque era uma coisa muito romantizada", analisa a cozinheira.  

Quando se aposentou, aos 63 anos, Rachel decidiu compartilhar seus conhecimentos culinários com outras pessoas e passou a dar aulas pontuais para grupos pequenos, de seis a sete alunos. "Eu fazia uma entrada, um prato principal com acompanhamento e uma sobremesa", comenta. Ela fez isso por oito anos, mas acabou parando durante a pandemia.  

Para Rachel, sua entrada no MasterChef+ pode ser resumida em três Ds: desafio, desforra e despedida. Sobre o desafio, ela comenta: "Quando eu entrei, eu mesma me perguntei: 'Que loucura é essa? O que é que eu estou fazendo?'", lembra. "A desforra é porque eu tentei ser cozinheira profissional e não consegui. E eu, entrando no MasterChef, vou provar para mim mesma e para os outros que sou uma boa cozinheira." 

Por fim, o MasterChef, para Rachel, é sua despedida das aventuras que teve. "Eu sempre fui de fazer umas loucuras na vida. Agora eu não faço mais muitas não, mas eu já fiz muitas. Então, eu falei que vai ser a última loucura que eu vou fazer na vida", conta. Que prazer será acompanhar essa loucura! Boa sorte na competição, Rachel! 

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