Participante da 10ª temporada do MasterChef Brasil, Emanuel Savio deu um importante passo profissional: o cozinheiro agora é um estagiário do Maní, restaurante comandado por Helena Rizzo. Admirador da chef há muitos anos, o ex-competidor celebra a conquista em entrevista exclusiva ao Band.com.br.
"O Maní, para mim, é algo incrível", descreve Emanuel. "É uma pressão muito grande, óbvio. É um restaurante renomado e existe uma complexidade em muitos aspectos. É muita técnica, muita precisão nesses pratos. São dias muito intensos, mas tem sido muito gratificante."
Ao ser eliminado do MasterChef, Emanuel não tinha como prioridade atuar em uma cozinha profissional, mas seus planos começaram a mudar quando começou a trabalhar em eventos. "Mudou minha percepção do que era uma cozinha", disse. "Percebi que, dentro da cozinha, existe também espaço para a criatividade."
Recepção do público
Fazendo eventos gastronômicos no Brasil e também em Portugal, onde estava morando, Emanuel diz ter se surpreendido com a recepção do público. "Eu não esperava tanto retorno positivo das pessoas", conta. "Eu sabia que o MasterChef era muito famoso, mas eu não tinha noção do impacto nas ruas."
Os frutos colhidos após a participação no programa vão para além da culinária. "Foi incrível ver a identificação das pessoas com a nossa história. Eu ouvi de uma mãe que ela começou a entender mais o filho por ver minhas unhas pintadas, ver eu usar maquiagem. Tem detalhes que trazem uma emoção gratificante que vai além da comida", desabafa.
Uma bandeira para vida
Emanuel segue sendo vegetariano e está em uma transição para o veganismo, em que a pessoa se abstém de usar qualquer coisa de origem animal. "Quando eu saí do MasterChef eu já carregava essa bandeira, e agora estou com ela mais firme", declara. "Eu quero aprender a manipular essa área da cozinha."
Para o ex-participante, o estágio no Maní é uma etapa fundamental de seu aprendizado para que, no futuro, ele consiga se especializar em alimentos à base de plantas e ingredientes tipicamente brasileiros. "Quero seguir com a minha bandeira sem sofrimento animal, só que voltado para o fine dinning", explica.
Vem aí um restaurante? Emanuel é bastante centrado e considera essa uma realização para o futuro. Por enquanto, quer focar suas energias no estágio e em fazer eventos nos quais possa mostrar sua cozinha — inclusive para não vegetarianos e não veganos.
"Para que as pessoas possam provar esse tipo de gastronomia com a mesma complexidade, elegância e técnicas de uma cozinha com animais e ver que é possível, é viável e é gostoso. Que dá para balancear, dá para ter um dia sem carne, dá para provar outras coisas, e quebrar esse estigma da comida vegana/vegetariana", conclui.