Participante do MasterChef+, que estreou nesta terça-feira (15), na Band, Ney tem 60 anos, é educador físico, já foi radialista e, ultimamente, considera-se um homem em desconstrução. De Belém do Pará, hoje ele trabalha na área de gerontologia estudando o envelhecimento, além de ser instrutor de meditação e canoagem. Recentemente, o competidor tornou-se vegetariano, mas garante que o estilo de vida não prejudicará sua trajetória no programa.
“Estou em um game, regido pelas regras do programa, vou provar [os pratos], mas não vou ingerir porque essa é uma questão mesmo de princípios. Acho que a gente se torna vegetariano/vegano por três grandes causas: ou pela compaixão aos animais, ou pela sua saúde própria, ou pelo planeta. Não vou infringir nenhum desses princípios, mas obviamente vou cozinhar tudo que tiver que ser cozinhado e provar tudo que tiver que ser provado, porque afinal de contas a gente não tem como não provar um prato que faz”, explicou.
O participante afirma que é competitivo, mas que não vai passar por cima de seus valores durante o programa. “Sou muito daquele cara que gosta de curtir a jornada, vivenciar e festejar muito se ganhar. Mas se a jornada não me trouxer a vitória, certeza que trará muita diversão, experiência e muita maturidade. Para mim é muito mais importante que a vitória. Sou competitivo? Sou! Mas melhor que competir é se divertir”, enfatiza.
Seu gosto pela gastronomia veio de influência de sua mãe, Alice, que faleceu há dois anos. “A gastronomia é um lugar de afeto e tem a haver com a relação com a minha mãe, que cozinhava muito. Inclusive, quando fiz a prova [para a seleção do programa], era o dia que completou dois anos da partida dela. E no dia seguinte, que ela fazia aniversário, recebi a notícia de que estava no programa. Ela está aqui comigo”, emociona-se.
Ney conta que foi criado a comer carne, mas que em 2018 decidiu fazer a transição e deixar de consumir a proteína. “Meu pai foi criado com carne de segunda. Eram vísceras, rabada, eram essas coisas todas. Então aprendi a comer isso e vendo a minha mãe fazendo isso. Ela adorava fazer. Eu era carnista e aprendi a cozinhar esse tipo de comida, só que em 2018 me tornei vegetariano. É interessante porque as técnicas acabam sendo as mesmas, só os ingredientes é que mudam”, diz.