Pablo: "MasterChef Profissionais foi a melhor experiência da minha carreira"

Campeão da segunda temporada do talent show, o chef de cozinha mineiro Pablo Oazen relembra os desafios da competição e fala sobre conquistas após o programa

Amanda Caroline

Pablo Oazen é o segundo campeão do MasterChef Profissionais
Carlos Reinis/Band

Pablo Oazen tem 20 anos de carreira na gastronomia. O chef de cozinha, que hoje comanda o Benza, localizado no bairro de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo (SP), já trabalhou em restaurantes estrelados na Europa e também passou pelo La Brasserie, antigo empreendimento de Érick Jacquin no Brasil, mas foi a participação no MasterChef Profissionais, em 2017, que mudou a vida do mineiro.

“O MasterChef foi a experiência mais incrível da minha carreira, a melhor da minha vida. Se pudesse, participaria de novo. Muita coisa aconteceu desde quando ganhei o troféu”, diz em entrevista ao Portal da Band. O campeão da segunda temporada relembra sua trajetória na competição e fala sobre as conquistas após o talent show.

Antes de contar os desafios que enfrentou no MasterChef, Pablo revela que recebeu o incentivo do chef e jurado francês para se inscrever no programa. “Ele disse: ‘Você precisa se inscrever. É bonitão, fala bem e sabe cozinhar’. Fiquei com isso na cabeça e me inscrevi”, explica.

Na época, o segundo filho do cozinheiro havia acabado de nascer e Pablo também tinha um negócio – fatores que tornaram a decisão de tentar uma chance no programa ainda mais importante. “Foi algo que fiz em um momento de empolgação”, diz o campeão. E deu certo! No entanto, ele sentiu medo de arriscar a carreira consolidada durante a competição. “Quem é do meio tem esse receio”, declara.

Cozinheiro se emocionou ao conquistar vaga para a final (Foto: Carlos Reinis/Band)

Desafios do MasterChef

A dinâmica do talent show intimidou o mineiro. “Fiquei com medo. Afinal, três jurados renomados avaliavam o meu trabalho. Era dono de restaurante, entrei muito nervoso, mas fui para cima”, conta. Pablo afirma que trabalhar em um lugar diferente e com regras inusitadas é uma experiência desafiadora para qualquer profissional. “Nós montamos a nossa cozinha do nosso jeito, com vários detalhes. Mas cozinhar em uma cozinha com câmeras, muitas pessoas em volta, cheia de regras… Se você faz besteira, a insegurança bate”, diz.

Para ele, com toda a sua bagagem profissional, também era difícil não confrontar as opiniões dos jurados. “O maior desafio era não questioná-los durante as avaliações. Treinava a minha caminhada até eles e minha ‘cara de humildade’”, brinca Pablo. E o chef concorda com Dayse Paparoto, campeã da primeira temporada do MasterChef Profissionais: três minutos de mercado é muito pouco. “Sou criativo. Quando vou ao mercado, olho tudo com tranquilidade, penso… Mas três minutos para as compras é muito pouco. É complicado ter que pensar em algo rápido”, explica.

Pablo vibrou com colegas de competição ao vencer prova em equipe (Foto: Carlos Reinis/Band)

A temporada fez muito sucesso e apresentou ao grande público chefs como Francisco Pinheiro, Irina Cordeiro, Raissa Ribeiro, Ravi Leite e Angélica Vitali. A competitividade era saudável e Pablo detalha o clima de amizade nos bastidores. “Dei sorte demais. A turma que foi selecionada se deu muito bem. A gente fazia orações no vestiário e não torcia para o outro se ferrar, era um profissionalismo incrível”, garante. E ele dá dica para quem deseja competir e chegar longe no programa com aliados. “Seja você mesmo e não invente moda”, dispara.

“A conta só vem depois da sobremesa”

Confeitaria é um assunto delicado para muitos cozinheiros – tanto para amadores quanto para profissionais. Com Pablo, não era diferente… Até o MasterChef Profissionais. Um conselho de Jacquin o motivou a apostar nos doces. “‘A conta só vem depois da sobremesa’. Depois disso, passei a focar em fazer boas sobremesas”, diz o chef.

Não à toa, ele fez história na competição com dois doces: o famoso sorvete de goiaba recheado de goiaba e gergelim com creme de amêndoa, que brilhou em seu menu da grande final, e o arroz doce com especiarias

A goiaba levou Pablo de volta ao MasterChef Brasil em 2018, quando ensinou a receita para os participantes da quinta temporada. “Criei uma ‘filha’ no programa sem saber o tamanho dela. Recebo fotos de professores de gastronomia que ensinam a fazer a goiaba na faculdade. Penso que essa sobremesa pode virar um petit gateau do Brasil. Ela me ajudou a vencer o programa, foi o diferencial”, afirma. Relembre:

O arroz doce com especiarias também marcou sua trajetória. “Já tinha feito essa sobremesa no meu restaurante, mas nunca tinha apresentado para um chef. Sabia que era gostoso e que, se os jurados olhassem com muito carinho, seria um prataço no MasterChef. Parece uma mistureba, mas é uma sobremesa muito pensada. Foi o prato que mais me marcou. Estava tomando ‘porradas’ na competição e ele me deu combustível para seguir em frente, me deu força”, relembra.

Cozinha com herança

O MasterChef Profissionais abriu portas para Pablo realizar mais e mais sonhos, como o seu restaurante. “Queria um investidor e, em dezembro de 2019, abri o Benza. Fechamos durante a pandemia, mas não vamos fechar nunca mais”, afirma. Lá, o chef mineiro serve “comida com herança” e suas sobremesas famosas. 

Novos planos sempre surgem, mas, no momento, a prioridade de Pablo é organizar seus empreendimentos e continuar colhendo os frutos do sucesso. “A pandemia me fez desacelerar, quero trabalhar sem ansiedade”, afirma. Boa sorte, Pablo!

Chef no MasterChef Brasil, em 2018 (Foto: Carlos Reinis/Band)

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