Campeã, Dayse diz que teve medo de "passar vergonha" no MasterChef Profissionais

A chef de cozinha relembra sua trajetória na primeira temporada da competição culinária; leia a entrevista

Amanda Caroline

Dayse Paparoto venceu primeira temporada da competição aos 32 anos
Carlos Reinis/Band

Relembrar é viver: a chef de cozinha Dayse Paparoto, de 37 anos, foi a campeã da primeira temporada do MasterChef Profissionais. Há seis anos, sua vitória gerou um frenesi nas redes sociais – quem se lembra? Afinal, a paulista representou a força e a importância da mulher na gastronomia.

Em entrevista ao Portal da Band, Dayse conta que se inscreveu no talent show após receber o incentivo de seu chefe. Ela, no entanto, não se sentia confiante para participar da competição. “Não queria me inscrever porque achava que passaria vergonha. Tive receio de acharem que eu não era profissional. A gente enfrenta a pressão todos os dias, mas o MasterChef é diferente de uma cozinha de verdade”, explica. Na época, a cozinheira já havia sido indicada duas vezes como chef revelação do prêmio Comer & Beber, da revista ‘Veja São Paulo’. 

Por isso, seu objetivo era superar os próprios medos a cada desafio. “Fiz diferente de todo mundo: ao invés de focar no prêmio, eu focava nas provas. Dava o meu melhor em cada uma delas”, detalha. “No MasterChef, você fica estressado e parece que não sabe cozinhar, rolam uns ‘apagões’. Então, minha estratégia era lidar com a minha própria cabeça e emoções”, completa. 

Fogo na cozinha: rivalidade entre Dayse e participantes homens marcou a temporada

É impossível falar sobre a primeira temporada da competição sem citar a alta competitividade dos cozinheiros, que calhou na rivalidade entre Dayse e participantes homens – o vice-campeão Marcelo Verde, Dário Costa e Ivo Lopes eram os principais adversários da chef. Durante o programa, o público viu Dayse ser subestimada na cozinha por outros competidores, mas provar seu talento para eles nunca foi um desejo da paulista.

Dayse e Ivo comemoram vitória em prova (Foto: Carlos Reinis/Band)

“Eu só não poderia ficar nervosa, não dar o meu melhor e perder para mim mesma”, dispara. “Para mim, tanto fazia o que eles falavam, só deixava entrar o que eu queria. O mundo é assim: todo dia alguém não vai acreditar em você. Se você não acreditar em si mesmo, está perdido”, acrescenta.

Dayse ainda diz que a relação entre os participantes dos bastidores do talent show influenciou a rivalidade na cozinha. “A galera não ia muito com a cara. Não saía junto com eles para beber, não ia para a balada… Acredito que pegaram algo dos bastidores e levaram para a competição. Me excluíram por ser diferente, não por ser ‘menos profissional’”, opina.

Dayse, Dário e Ivo em prova de equipe (Foto: Carlos Reinis/Band)

Chef de cozinha emocionou até o último minuto

Muitos foram os desafios que Dayse enfrentou no MasterChef Profissionais. “Na cozinha, tudo é planejado, mas no programa tudo acontece na hora. É preciso ter raciocínio rápido”, garante. Principalmente no mercado, o “calcanhar de Aquiles” da ex-competidora.

“Às vezes, não achava o que eu queria, ficava ‘cega’. Era o momento em que eu ficava mais tensa. Você tem três minutos para pensar em uma receita e não esquecer nenhum ingrediente. Mas se você esquece… Ferrou”, afirma.

E a torcida da chef de cozinha lidou com muitas emoções durante a temporada. A penúltima prova, em que ela disputou uma vaga na grande final com Dário Costa, deixou os fãs aflitos até o último momento, mas foi quando Dayse mais se divertiu na cozinha do programa. No desafio, a dupla teve que preparar coulibiac (massa folhada recheada com salmão).

“Foi a prova mais tranquila da minha vida. Estava sossegada e me diverti”, relembra. E uma fala do jurado Érick Jacquin tornou o momento da classificação ainda mais especial. “O Fogaça perguntou: ‘vai chorar, Dayse?’, e eu respondi: ‘aqui é coração peludo, chef’. Depois, o Jacquin disse: ‘essa é cozinheira mesmo’”, detalha a campeã.

Dayse sonha em abrir restaurante-escola

Com 16 anos de carreira, Dayse é chef do restaurante Carat, localizado na zona sul de São Paulo. A posição de comando não era uma novidade quando venceu o MasterChef, mas o programa mostrou novos caminhos para a paulista. “Me tornei chef de cozinha com 24 anos, mas quando saí do programa, vi a necessidade de abrir uma empresa de consultoria gastronômica. Também comecei a dar aulas-show, algo que amo fazer. Adoro interagir com a galera”, conta. “Por causa do programa, faço várias coisas que não fazia antes”, completa.

Dayse e os pais na grande final da temporada (Foto: Carlos Reinis/Band)

E Dayse sonha grande. Ela deseja abrir um restaurante-escola. Seu objetivo é oferecer oportunidade para pessoas sem renda e ensinar as profissões da gastronomia para elas. “Ainda não achei um investidor para esse projeto, mas quero transformar a vida de muita gente. Creio que vai dar certo”, explica. O que já é realidade é seu projeto social no Timor-Leste: a paulista é chef-consultora do restaurante-escola da ONG Pro-Ema, que empodera jovens mulheres em situação de vulnerabilidade no país do sudeste asiático.

O que falta para Dayse? Outra competição culinária. “Com o prêmio em dinheiro, quitei meu primeiro apartamento, mas já comprei mais um imóvel. ‘Bora’ fazer outro MasterChef para eu quitar esse novo apartamento”, brinca a campeã. A gente faz campanha para ver Dayse na televisão de novo!

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