Ele chegou com uma sobremesa que representava um dia de praia e logo conquistou a colher do MasterChef Brasil 10. Levou também o apelido de “poeta” dado pela chef Helena Rizzo. Aos 26 anos, Diego entrou na cozinha do programa decidido a mudar de vida e abandonar a carreira de militar da marinha para se aventurar de vez na gastronomia. O primeiro passo foi dado com sucesso e, após apresentar uma receita de fish & chips, o cozinheiro amador foi selecionado para entrar de vez na competição.
“Eu sempre quis ser militar, mas hoje não pretendo seguir carreira, a área que gosto mesmo é a cozinha. Estar aqui hoje me mostra que preciso arriscar. Eu vivia pelos outros, não por mim, vivia querendo fazer o que os outros faziam. Hoje [estar aqui] é por mim, consigo discernir isso”, revela em entrevista ao Band.com.br.
Representante do Morro do Tuiuti, em São Cristóvão, no Rio de Janeiro (RJ), o carioca promete levar alegria para o estúdio do MasterChef. Ele acredita que um prato de comida é capaz de transformar o dia de alguém e proporcionar felicidade. É isso o que aprendeu com a mãe, dona Alzira, que trabalhou por anos como empregada doméstica. “Minha mãe fazia comida para os patrões e eu, ainda criança, via e gostava muito. Sempre tive esse lado de afeto com a gastronomia.”
Nas lembranças do competidor estão também os pratos servidos pela avó, que sempre preparava arroz-doce e, segundo ele, “o frango frito que só ela sabia fazer”. Hoje vem da família a torcida e a força para ganhar o programa. “Minha mãe tá animada. Inclusive ela e a minha madrinha, Elza, que me incentivaram a participar”, revela Diego que, em 2020 chegou até mesmo a gravar o vídeo de inscrição, mas não enviou por vergonha.
Ousadia para vencer
A primeira experiência do militar na cozinha foi um tanto controversa. Quando criança ele decidiu fazer um bolo com macarrão, extrato de tomate, ovo, farinha e chocolate. Alguma dúvida de que deu errado? “Não me pergunte o que eu tinha na cabeça. Bati tudo, fui fazendo e o cheiro de queimado foi tanto que os vizinhos ligaram pra minha mãe, que voltou do trabalho correndo. Foi quando aprendi a não mexer no fogo sozinho, mas depois melhorei, fui fazer arroz, feijão, carne-moída”, relembra entre risadas.
Diego se define como “o brasileiro carioca que faz tudo” quando questionado sobre preferências no comando do fogão. Ele diz que é autoral, não curte provas de reprodução. Até faz doces, mas não gosta muito de comer. Prefere o lado dos pratos salgados e quentes: “Cozinho umas 3 ou 4 vezes na semana e quando quero fazer algo caprichado. Minha mãe me ajuda, estamos sempre juntos na cozinha, cantando e dançando". Animação não falta!
“Estou sempre feliz, não tenho tempo ruim. Se eu estiver em um dia mal vai ser mal mesmo, mas é muito difícil. Estou feliz às 5 horas da manhã, dançando no ônibus, sou essa pessoa”, brinca.
Além do jovem extrovertido, há também o Diego sonhador, que planeja o dia em que vai ter seu próprio restaurante e mudar a vida da família. “Primeiro quero ajudar meus pais, dar uma vida e um lar melhor pra eles, depois vem o sonho de ter um negócio meu, mas sei que não é sair do programa e abrir, quero trabalhar na área e aprender”, finaliza. Boa sorte, Diego!