Eduardo, do MasterChef, confessa temer Jacquin: “Jurado que mais me assusta"

Eduardo ganhou avental do MasterChef no embate de éclair, sendo o único entre quatro candidatos a vencer; em entrevista exclusiva ele fala da família e do amor pela cozinha

Aline Naomi e Stefani Sousa

Eduardo, do MasterChef, confessa temer Jacquin: “Jurado que mais me assusta"
Eduardo foi o único vencedor no embate de éclair e está na disputa do MasterChef
Melissa Haidar/Band

O trabalho de um eletricista pode não ter nada a ver com a cozinha à primeira vista, mas Eduardo, que atua com rede de distribuição em São Bento do Sul (SC), enxerga muitas coisas em comum. Ele é um dos participantes da 10ª temporada do MasterChef Brasil e garantiu uma vaga após o exigente embate da éclair, em que foi o único entre quatro candidatos a ganhar um avental dos chefs Erick Jacquin, Helena Rizzo e Rodrigo Oliveira.  

“O meu serviço demanda que eu seja curioso e também criativo para descobrir e resolver problemas”, explica o competidor em entrevista exclusiva ao Band.com.br. “[Na gastronomia] preciso estar preparado para o inesperado, para ser criativo, para fazer uma gambiarra na cozinha, uma adaptação técnica.” 

Nascido em Joinville (SC), Eduardo tem 31 anos e mora com a namorada, Regiane, há seis anos. Suas influências na cozinha vêm da família que, segundo ele, é grande e sempre organiza festividades com muita fartura. A origem polonesa dos parentes também o influenciou em outra paixão: a charcutaria, técnica de preparação da carne suína que inclui processos como a defumação.  

Tudo começou como um hobby, ele explica: “Foi a minha entrada na cozinha. O precursor de tudo isso aí foi começar a fazer meu próprio bacon". Sua relação com o alimento é tamanha que, além de ter usado o ingrediente na sobremesa que apresentou aos chefs no primeiro episódio, o catarinense o tem tatuado na pele. “Pessoal aqui já está me chamando de bacon”, revela o participante já entregando um spoiler dos bastidores.  

Outra referência importante para Eduardo é seu pai, que costuma preparar carnes diferentes e foi responsável por introduzi-las no repertório gastronômico da família. “Volta e meia ele vinha com entranha, testículo de boi... Já comemos bofe, que é o pulmão. Umas coisas assim que não dá para acreditar que a gente comia quando era criança”, relembra. “Às vezes eu falo as coisas que eu comia e o pessoal assusta, mas para mim é bastante comum.” 

Especialidade da casa  

Apesar de ter muitas paixões dentro da cozinha, Eduardo ainda encontra espaço para outro prato: o tiramisù. Com orgulho, ele conta que participou da competição Tiramissu World Cup e ganhou a etapa de Santa Catarina. O participante inclusive espera que essa experiência seja um diferencial na cozinha do MasterChef: “Eu usei minha criatividade lá, fiz os processos diferentes e espero poder reproduzir as façanhas aqui também.” 

Suas habilidades, como a tal sobremesa com bacon, já renderam elogios de Helena Rizzo, de quem ele é grande fã. “Adoro o trabalho dela, adoro o jeito como ela interpreta os ingredientes." Ele também admira Rodrigo Oliveira e confessa que tem medo de Jacquin, apesar de aprender muito com o chef. 

“As minhas receitas com técnicas mais criteriosas são baseadas nas receitas dele. Inclusive a prova que eu passei [de éclair], eu tinha estudado bastante: vi os vídeos que ele fez de profiterole e me baseei muito no processo que ele usou”, confessa. “Eu sou um fã do trabalho dele, mas ele é o jurado que mais me assusta." 

Apesar do medo, Eduardo pretende encarar o chef francês para perseguir um sonho: ter um empreendimento gastronômico na serra catarinense, em meio à natureza. Nesse espaço, as pessoas conheceriam também um pouco mais sobre os ingredientes locais e quem os produz. “Meu sonho é construir um lugar que não tenha impacto ambiental, que fique na altura da copa das árvores”, idealiza. “É o que me motiva hoje e isso demandaria eu acabar deixando o meu serviço, mas é um sacrifício que eu estou disposto a fazer.” Boa sorte nesta jornada, Eduardo! 

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