Clóvis Valpassos, de 57 anos, chamou a atenção da web com sua participação no MasterChef na última terça-feira (09). Mesmo sendo eliminado no embate da melhor coxinha contra Wilton, o cozinheiro amador recebeu muito apoio dos fãs do programa. “Recebi mensagem de Portugal, da Espanha, gente que tá assistindo MasterChef de fora do Brasil, e isso é muito legal”, conta, em uma entrevista exclusiva ao Band.com.br.
Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, Clóvis se considera capixaba e veste com orgulho uma camiseta de Vitória, capital do Espírito Santo, na videochamada. “Eu nasci no Rio, mas fiquei 15 dias. Não tem como, sou capixaba”, garante. Por isso mesmo, decidiu homenagear sua cidade e levar uma moqueca desconstruída na primeira fase da seletiva, quando recebeu uma colher do chef Rodrigo Oliveira.
Atualmente, Clóvis mora com o marido, Alexandre, com quem é casado há 10 anos, e tem dois filhos: André (29) e Maria Júlia (26). Aposentado, ele cursou medicina veterinária e deu aulas de biologia por 32 anos. Muitos de seus ex-alunos também ficaram surpresos com a presença do professor no talent show: “Tenho resgatado pessoas que passaram pela minha vida muitos anos atrás, e isso foi muito legal e muito gratificante.”
Inspiração materna
Inscrever-se no MasterChef é um compromisso que Clóvis fez não só consigo mesmo, mas também com sua mãe, Júlia, como contou no episódio de estreia da 10ª temporada. “Ela faleceu alguns anos atrás, depois que eu vim pra cá. Participei em 2018 [das seletivas], e não consegui entrar”, contou Clóvis ao jurado explicando o significado da foto que trouxe com seu prato autoral.
“Ela é minha musa inspiradora. Foi ela que me ensinou tudo, e prometi para ela no hospital que eu não iria desistir”, comenta na entrevista. E ele garante que fará sua inscrição para a próxima temporada: “[O MasterChef] é uma realização pessoal, um sonho, uma coisa que está dentro de mim. Eu não sei explicar, é uma coisa que eu quero muito.”
Uma das memórias afetivas do cozinheiro em relação a mãe é, inclusive, a coxinha, prato que executou pela primeira vez no embate. “Aquela foi uma prova em que eu realmente fui e me desafiei. Acho que eu me saí muito bem diante de um prato que eu nunca tinha feito na vida. Isso, para mim, é um prêmio também”, avalia. Mas ele admite que se atrapalhou na hora de fritar os salgados.
“Se eu tivesse partido para minha panela, como eu frito em casa direitinho, acho que teria sido o caminho correto, mas acabei dando ouvido ao mezanino”, conclui. “Não sabia usar [a fritadeira], acabei não ligando e depois o Wilton, muito gentil, me ensinou, mas já era um tempo muito apertado.” Ele ainda elogiou o desempenho do rival e reconhece sua vitória: “Ele merece estar ali.”
Enquanto os planos para o MasterChef ficam temporariamente congelados, Clóvis garante que vai seguir estudando e produzindo conteúdo para as redes sociais, desde pratos que cozinha até explicações de temas da biologia. “A gente tem que produzir coisas boas para o mundo, né? E é o que eu faço e o que eu sou”, conclui. Boa sorte, Clóvis!
