Ana Carolina quer honrar as mulheres da quebrada no MasterChef: “Sair vencedora"

Paulista de 33 anos conquistou a última vaga do MasterChef 10 e emocionou a todos com discurso empoderado; veja entrevista exclusiva

Aline Naomi e Stefani Sousa

Ana Carolina quer honrar as mulheres da quebrada no MasterChef: “Sair vencedora"
Ana Carolina deu a volta por cima e conquistou o avental do MasterChef na repescagem
Melissa Haidar/Band

Grajaú (SP) está na casa e muito bem representado. O bairro da zona sul de São Paulo é o lar da Ana Carolina, de 33 anos, que acaba de conquistar o avental da 10ª temporada do MasterChef Brasil. Perfuradora corporal, empreendedora e mãe do Ravi, de 6 anos, ela promete honrar as raízes da ‘quebrada’ no programa.

O sonho já começou com gostinho de emoção: é que antes de ser escolhida pelos chefs, a paulista perdeu o embate de carbonara para Lucas Seiji e teve que se despedir da cozinha. O retorno foi regado a emoção e a tempero caseiro com um delicioso prato feito que encerrou a repescagem e colocou fim às seletivas. A última vaga da edição é dela, que, em entrevista ao Band.com.br, promete fazer bonito:

“É um sonho muito grande pra mim, acredito que tenho potencial”, explica emocionada. “Eu posso não ter tido acesso a muita coisa, mas tô estudando pra poder chegar lá. Estou fazendo um corre que, por falta de oportunidade, nunca consegui. Mas eu tenho garra e quero mostrar que uma pessoa mesmo sem acesso pode sair vencedora."

Carol, como gosta de ser chamada, tem muitos desejos na competição. Entre eles está a vontade de mudar de vida, proporcionar melhores condições ao filho e empoderar outras mulheres. “Quero que todas saibam que a gente pode chegar aonde quiser e que o primeiro passo é tentar. Acho que a minha própria história pode inspirar. Eu tive que aprender a me defender muito cedo, mas isso me deu forças para estar aqui”, analisa. 

Cozinha de afeto 

Filha de confeiteira, a participante cresceu vendo a mãe preparar bolos e salgados de festa para vender. Para ajudar com a rotina em casa, passou a colaborar com o preparo do almoço, fazendo arroz, feijão e outras receitas já aos 12 anos. Com o tempo, percebeu que sentia prazer e calma no comando do fogão. Logo, juntou isso ao incentivo do filho, com quem sempre assistiu ao programa, para que a inscrição fosse feita. “Acho que foi do universo, sabe? Na hora tudo aconteceu e essa foi a minha 1ª tentativa”, recorda ao falar de Ravi, que em casa é um jurado particular. 

“Ele é bem sincero, mas é difícil não gostar de alguma coisa. É o meu maior incentivador e gosta de cozinhar também. Fazemos bolo de liquidificador juntos e eu explico que tudo, até uma gelatina, tem seu tempo, [e que nós] precisamos aprender a esperar. A vida tem processos assim como a cozinha”, diz. Lição de mãe! 

Receitas caseiras são justamente o ponto forte de Carol na disputa. “Gosto de fazer e de comer comida de verdade, sabe? Essa que falta às vezes falta no prato de muita gente e que não deveria ser assim.” Ela também garante que é boa de relacionamentos e que, na competição, vai respeitar todos os participantes e exigir o mesmo. “A partir do momento que a pessoa ultrapassar o meu limite eu vou me impor também. Sem querer ofender, mas me defendendo.” 

Se ganhar o MasterChef, ela garante, o primeiro passo é a faculdade de gastronomia. “Sempre foi meu sonho! Eu só não fiz mesmo porque eu não tinha dinheiro”, explica. Depois vem aí um estúdio de tatuagem e piercing com restaurante embutido. Arte e gastronomia caminhando juntas. Boa sorte, Ana Carolina! 

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