À frente do MasterChef Brasil desde o início, Ana Paula Padrão foi quem inventou a expressão clássica do programa, que estreia a nova temporada a partir da próxima terça-feira (17), na Band. A apresentadora conta como nasceu o bordão que determina o fim da contagem regressiva antes de os participantes levarem os pratos aos jurados.
“Quando começamos, no roteiro que veio para mim estava escrito ‘mãos ao alto’. Achei que a tradução para o português não ficou legal porque mãos ao alto para a gente é outra coisa. Tentaram substituir para ‘mãos para cima’, o que acho pouco sonoro. Não é agradável, forte no ouvido. Eu falei, por que não ‘para tudo’? É uma expressão forte, tem sílabas marcadas e com vogais bem abertas. Assim virou ‘para tudo!”, afirma.
O MasterChef marcou uma virada na carreira de Ana Paula, que migrou do jornalismo para o entretenimento no talent show. Ela diz que assistiu pouco a outras versões do programa pelo mundo para não se influenciar.
“Demorei um tempo para encontrar o meu ponto de conexão com os participantes e com quem está em casa. Tenho ternura pelos participantes e me coloco no lugar deles. Jamais conseguiria fazer um mercado em três minutos. Eu penso, faço lista, escolho ingredientes… Eu não conseguiria nem pensar numa receita rapidamente”, admite.
5, 4, 3, 2, 1… Para tudo!
Ana Paula Padrão sente empatia pelos cozinheiros e, para dar aquela forcinha, até tenta fazer a contagem regressiva de uma forma um pouco mais lenta quando possível nos últimos segundos.
“Quando vejo que eles ainda estão enrolados ao fim da prova me dá vontade de contar mais devagar. Quando consigo dou uma trapaceada no relógio. No começo, levei muita bronca no ouvido, mas depois virou uma marca registrada.
“Conto devagar para dar uma colher de chá. Ao mesmo tempo, fico emocionada com o fim da prova”.