Confeitaria é sempre um espetáculo à parte no MasterChef e, nesta terça-feira (19), o show acabou com a eliminação de Márcio. O participante, de 52 anos, não foi fiel a reprodução do Saint-Honoré e acabou entregando uma sobremesa diferente do que era esperado pelos chefs. Nas palavras de Erick Jacquin, que anunciou a decisão do trio de jurados, o doce estava “muito alcoolizado e fora da realidade”. Ele reforçou ainda que os sabores estavam interessantes, mas não lembravam o original.
Em entrevista ao Band.com, Márcio fez um balanço do que viveu nos últimos 4 meses. “Ao mesmo tempo que é triste sair, é um momento muito feliz porque chega a hora de voltar pra casa. É demais deixar a competição em uma prova francesa. Isso não diz que eu não sei cozinhar, só esfrega na minha cara que sou pobre. É uma receita que não tenho no meu repertório”, analisa com bom humor.
Para ele, o programa serviu como uma consagração como cozinheiro. “É uma validação. A cozinha faz parte de mim. Com essa experiência, entendi que o meu desejo é cozinhar pra quem tem fome.” Em outras palavras, ele explica melhor, com o mesmo tom alegre que o acompanhou por 16 episódios: “Não quero fazer música clássica, eu quero é ser pop”.
Passada toda a adrenalina da eliminação, Márcio diz que seu projeto na cozinha já está todo planejado, mas precisa de tempo para ganhar forma. A ideia é agrupar suas paixões em um formato transformador, que vai unir teatro e gastronomia. “Espero criar um lugar onde as pessoas vão se nutrir de cultura, arte e boa comida.”
Representei os LGBTQIA+ e os coroas que se deram mal com o coronavírus
Falando em coisas boas, uma das maiores alegrias do participante foi ter representado, no MasterChef, uma parcela da população que por vezes é ignorada. Por isso, faz questão de olhar para sua passagem como quebra de paradigmas. “Sou de uma turma massacrada pelo governo e piorada pela pandemia”, reflete. “Representei os LGBTQIA+ e os coroas que se deram mal com o coronavírus e agora não sabem o que fazer.”
Cheio de energia, ele tem muitos planos para colocar em ação. Mas, antes, quer realizar uma das maiores vontades durante o período em que ficou isolado para as gravações: voltar pra casa e curtir a família. A primeira coisa que fará, sem dúvidas, é dar um beijo no marido Lourenço. “Eu quero estar com os meus. Estou voltando para o mozão pra ficarmos velhinhos juntos, cuidando dos netos.” Desejamos felicidade!
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De volta às raízes...
Nesta terça-feira, o tradicional leilão do MasterChef voltou à cozinha com pratos clássicos das cinco regiões do Brasil. Os participantes tiveram que trocar tempo de prova por receitas como moqueca, pato no tucupi, vaca atolada, sarapatel e outros quitutes.
Todos tiveram 3 minutos de mercado e, ao fim do desafio, Isabella saiu campeã ao preparar sorvete de tucupi. A criação foi muito elogiada pelos chefs, que a consideraram inovadora. Helena Rizzo se emocionou, enquanto Fogaça chamou a competidora de “diferenciada”. Kelyn, Ana Paula, Raquel e Helena também garantiram vaga no mezanino.
Prova de eliminação supervisionada por Jacquin
Destaques negativos da 1ª etapa, Eduardo, Daphne e Tiago fizeram a prova de eliminação ao lado de Heitor, Luiz e Márcio. Embalados pela presença da cantora Fafá de Belém, os cozinheiros tiveram que reproduzir Saint-Honoré, famosa sobremesa francesa, queridinha de Erick Jacquin.
Duas horas de prova passaram em um piscar de olhos e, ao término do programa, Márcio acabou sendo eliminado. Eduardo superou a “maldição” do MasterChef, que elimina participantes em suas principais habilidades, e venceu a prova. Daphne, que ficou outra vez entre os destaques negativos, recebeu broncas dos jurados pela queda de desempenho nos últimos programas.