Luísa Jungblut, de 34 anos, não venceu Cesar Yukio, de 34, na final do primeiro MasterChef Confeitaria, exibido pela Band TV nesta quinta-feira (19/12), e terminou o talent show em segundo lugar. Logo após o programa, em entrevista ao Band.com.br, a vice-campeã falou sobre sua trajetória: “Posso não ter ganhado essa final, mas ganhei muito aqui no MasterChef. De qualquer forma, estou feliz e orgulhosa. Sei que durante toda a competição, fui aquilo que, de fato, eu poderia ser”, disse.
A gaúcha moradora do Rio de Janeiro deixa no MasterChef a marca da brasilidade em suas criações. Afinal, as frutas acompanharam a trajetória da vice-campeã durante todo o programa. “Elas são os principais ingredientes da confeitaria, mas sinto que a própria confeitaria está presa em algumas mais usuais e europeias, como morango e framboesa”, critica. “O Brasil tem uma infinidade de frutas que nem valorizamos, justamente por não sabermos como podem ser utilizadas. E eu quis mostrar isso, que cada uma pode ser incrível e trazer sabores únicos”.
Além das frutas, a sensibilidade também marcou os dias da Luísa no MasterChef. Ela defende que não foi um personagem criado por ela. Pelo contrário: é quem ela é. “Sou uma pessoa que pensa e sente demais, e não tenho medo de falar sobre minhas histórias ou senti-las”.
Mostrei o que podia, com as condições que podia, e fui 100% eu mesma. Não tive medo de ser quem sou, e fiz isso de maneira genuína e honesta.
E ser sensível não tem nada a ver com não ter coragem, viu? A vice-campeã ainda reforçou a importância de estar com a mente preparada para participar do MasterChef. “Não achava que seria tão intenso, quanto foi. Tive que fazer coisas que nem imaginava e trabalhar de uma maneira que também nem imaginava que conseguiria. Definitivamente não é para quem tem coração fraco, e precisa estar com a cabeça preparada”.
Apesar de toda a expertise e do currículo invejável (Luísa estudou na Le Cordon Bleu Paris, especializou-se em chocolates em Barcelona e já trabalhou em diversos lugares, como o Blé Sucré, do chef Fabrice Le Bourdat, na França; na Sucré Pâtisserie, da chef Lia Quinderé, em Fortaleza; na Dzurt Patisserie, na Índia, e no estrelado Oro, do chef Felipe Bronze; além de ter sido chef da confeitaria no Hotel Emiliano, no Rio de Janeiro), afirmou não só que aprendeu no MasterChef, mas que encontrou novas partes de si mesma.
“Descobri que sou boa em sorvetes (risos), e nem achei que era o meu forte. Só vou fazer chocolate e sorvete a partir de agora”, brinca. “Falando sério, sou uma Luísa, agora, que não tem mais medo. Afinal, não tenho mais motivos para me questionar sobre a minha capacidade. Saio daqui muito fortalecida”.
Por fim, os planos de Luísa para o futuro incluem abrir sua própria confeitaria, no Rio de Janeiro. Ela espera que a visibilidade conquistada por meio do programa a ajude neste desafio. Antes disso, porém, a vice-campeã espera realizar outro sonho: o de conhecer a Aurora Boreal, na Islândia. “César disse que se ganhasse, ele me levaria. Espero que cumpra a promessa”, brinca. Boa sorte, chef!
Saiba o que aconteceu na final do MasterChef Confeitaria
Chegou a grande final do MasterChef Confeitaria! Para disputar o troféu da temporada, Cesar e Luísa tiveram que preparar um menu de sobremesas com três etapas. O primeiro prato deveria ter massa folhada, o segundo usar a técnica do açúcar soprado e o terceiro ter uma decoração com chocolate.
Ao todo, eles tiveram seis horas de prova para fazer as três sobremesas — o confronto mais longo de toda a história do MasterChef. Na terceira fase, além de agradar a Diego Lozano, Erick Jacquin, Helena Rizzo e Henrique Fogaça, os confeiteiros tiveram que conquistar três convidados: Arnaldo Lorençato, Flavio Federico e Saiko Izawa.
A cozinha também recebeu os demais participantes da temporada para o anúncio do grande campeão do primeiro MasterChef Confeitaria. Ao fim, Cesar foi declarado o vencedor da edição.
