Quando a 8ª temporada do Masterchef Brasil começou, em julho, grande parte do público fez suas apostas para a final. Naquela época, Kelyn não estava entre os favoritos e, com dificuldade, tentava se manter no jogo. Foram muitas provas de eliminação até que a participante, de 28 anos, conseguiu emplacar sua primeira receita elogiada pelos chefs, em prova de pratos indígenas. De lá pra cá, a advogada arremeteu e brilhou inúmeras vezes. No episódio desta terça-feira (14), subiu ao mezanino com o título de 3º lugar.
Passada a adrenalina da gravação, em entrevista ao Band.com.br, a também estudante de nutrição diz que prefere olhar o copo meio cheio. "Cheguei muito perto, fiz 100% do programa. O resultado dá uma frustração, óbvio, mas, ao mesmo tempo, é um enorme alívio. Sensação de dever cumprido, sabe? Eu realmente me sinto vitoriosa, mesmo que não seja de forma plena. Ter sido finalista é um símbolo muito marcante na minha vida”, reflete.
Mas engana-se quem pensa que o MasterChef é o fim. No futuro, Kelyn pretende continuar envolvida com a gastronomia: “Quero fazer disso um estilo de vida, ter um canal no YouTube, influenciar outras pessoas e promover uma alimentação melhor”. Tudo isso, é claro, aliado com muito estudo e dedicação. “Quero me aprofundar e, se surgir a oportunidade, fazer estágios em restaurantes para aprender com outros chefs.”
Além de otimista, a mato-grossense sente que está mudada. Segundo ela, alguns aprendizados do programa foram além da cozinha e serão utilizados na vida. “Estou mais competitiva... Não que já não fosse, mas, no programa, sempre que fui muito passiva, me coloquei em segundo lugar e me perdi. Isso é algo que acontece comigo sempre, mas dentro da competição ficou claro o modo com que lido com as pessoas e a minha resiliência.”
Foi uma trajetória de resistência, de sobrevivência, com altos e baixos
A experiência foi ainda um processo de autoconhecimento que a levou a identificar seus pontos fortes e se orgulhar de cada um deles. "Conquistei o respeito das pessoas sem precisar levantar a voz pra ninguém. No final das contas, era isso que eu buscava: encontrar o meu espaço, ser reconhecida, crescer e ganhar confiança.” Que bom que deu certo, Kelyn!
Nascida e criada no interior, em família humilde, a cozinheira conta que descobriu a gastronomia assistindo ao programa. Por isso, quer alcançar ainda mais gente e semear os bons frutos do que viveu. “Quando mais nova, não conhecia restaurantes, não era a minha realidade. O MasterChef abriu um mundo de possibilidades e interesses. Aos poucos, isso foi ganhando força e mudou a minha história. O terceiro lugar é um símbolo muito importante, foi uma trajetória de resistência, de sobrevivência, com altos e baixos, mas, acima de tudo, de muita força e coragem.” Falou tudo.
Tudo o que rolou na final do MasterChef Brasil
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Final do MasterChef: Eduardo, Isabella e Kelyn disputam o troféu da 8ª edição do talent show 1/29
Noite de reencontros
Eduardo, Isabella e Kelyn disputaram a final do MasterChef Brasil na noite desta terça-feira (14). Com direito a reencontro com as famílias, os participantes se emocionaram ao rever familiares que eles não viam desde o início das gravações do programa. Quem também voltou para a cozinha foram os 20 eliminados na 8ª temporada.
Menu autoral
Pela 1ª vez na edição, os cozinheiros tiveram a chance de apresentar aos chefs um cardápio completo e autoral. Com entrada, prato principal e sobremesa, cada um teve a chance de inovar e mostrar o que faz de melhor. Eduardo investiu no menu “jovem clássico”, com receitas reinventadas. Isabella decidiu fazer tudo vegano e Kelyn optou por reencontrar suas raízes em receitas do centro-oeste.
3º lugar
Com muita emoção, o episódio final contou com dedos cortados, receitas finalizadas no último minuto e até um liquidificador queimando na sobremesa. Pelo julgamento dos chefs, Kelyn ficou em 3º lugar. A cozinheira subiu ao mezanino aplaudida e elogiada pelos jurados.