Acostumado a preparar receitas em casa, com tempo e tranquilidade, Gabriel (19) não se saiu bem quando teve que enfrentar a pressão de fazer um prato em pouco tempo na cozinha do MasterChef. Após cozinhar alcatra e tímpano, o mineiro recebeu inúmeras broncas e foi eliminado no 2º episódio do programa, exibido nesta terça-feira, 13. Fã do chef Erick Jacquin, o estudante de engenharia viveu o melhor e o pior dos mundos em único dia. Ao mesmo tempo em que teve a chance de conhecer seu ídolo, ouviu dele que a comida que apresentou era “sem graça e triste”. Ao Band.com ele fala com exclusividade sobre o mix de sentimentos na eliminação. 

Não faltaram críticas do jurado francês ao que foi apresentado pelo participante. Quando cozinhou a alcatra, ficou na média e ouviu que seu prato não chamou atenção. Ao preparar tímpano, levou gritos para trabalhar direito, se atrapalhou no mercado e por pouco não conseguiu abrir a massa. Nada disso, no entanto, mudou o carinho que sente pelo chef. “Apesar de todas as broncas que o Jacquin me deu, aprendi muito com ele e o admiro demais. Ele ainda vai ouvir falar muito de mim”, reflete.  

Com tamanha admiração pelo jurado, Gabriel conta que deixar o programa foi triste, mas ainda assim especial. É aquela velha história de enxergar o copo meio cheio, sabe? “Admiro o jeito dele, o grande chef que ele é. Não achei que conseguiria chegar tão perto e, principalmente, dar um abraço nele. Adorei quando ele me deu bronca, dava medo, mas era um momento em que ele falava comigo. Fiquei feliz de ouvir o que ele me orientou. Vindo dele a eliminação ficou até mais tranquila.” 

Ainda muito emocionado, o mineiro lamenta não ter conseguido deixar uma boa impressão aos jurados, mostrar mais habilidade na cozinha e participar de uma prova em equipe. “A comida faltou tempero porque fiquei muito desesperado pra entregar. Queria tanto fazer a massa que acabei não me ligando ao resto. Me importei tanto com os resultados finais que esqueci dos pequenos detalhes.” Quem nunca, né? 

Gabriel concorda com o trio de jurados na avaliação de que o tímpano estava sem emoção e faltando tempero. Discorda, no entanto, da decisão de Juliana (que votou em nome do mezanino) em salvar Cristina da eliminação. “Ela fingiu que não viu [os votos dos outros participantes] e decidiu escolher a Cris. Eu estava olhando pra cima e vi as pessoas que levantaram a mão. Ela fez o que convinha, foi por afinidade. [...] Saí pela injustiça da Juliana e por um erro meu também."  

Livre do confinamento e pronto para voltar para Andradas, em Minas Gerais, onde mora com a família, Gabriel acredita ter deixado sua marca no MasterChef e promete seguir sorrindo e orgulhoso de sua jornada até aqui. Além disso, sonha ainda com uma carreira na gastronomia e em acertar na receita do tímpano no futuro. “Se um dia for ter um restaurante, vou usar essa experiência. Vou continuar cozinhando em casa e buscar ser melhor”, garante. Desejamos sucesso, Gab! 

Saiba tudo o que aconteceu no 2º episódio de MasterChef  
Na primeira prova da noite, os 12 participantes que não cozinharam no episódio de estreia tiveram que preparar receitas com alcatra em apenas 1 hora. Após uma aula do chef Henrique Fogaça e 3 minutos de mercado, o prato de Daphne se destacou na degustação e foi eleito o melhor da noite. Além dela, Luiz e Márcio também foram bem avaliados. Cristina, Helena e Amanda foram citadas como destaque negativo e encaminhadas direto para a prova de eliminação.  

Entre os que ficaram na média, Daphne salvou André e Ana Karina da berlinda. Em seguida, na miniprova, os cozinheiros passam por um teste de olfato em que Pedro mostrou habilidade e garantiu a última vaga do episódio no mezanino. No desafio final, os competidores receberam a visita de Zeca Camargo e tiveram que preparar tímpano, prato que leva massa fresca, macarrão, molho e carnes, inspirado no filme A Grande Noite, de 1996.  

Helena venceu a disputa com a melhor receita e o mezanino escolheu salvar Cristina do embate com Gabriel e Amanda pelo pior prato. O mineiro foi eliminado e deixou o programa.