O que você faria de diferente se pudesse ter uma segunda chance na vida? Juliana Arraes, de 37 anos, está pronta para viver essa experiência. A mineira volta à cozinha do MasterChef para tentar mostrar todo seu talento e tempero na 8ª edição do talent show, que estreia dia 6 de junho, às 22h30. Natural da cidade de Passos, a empresária, que passou pelo terceiro episódio da 7ª temporada, conta que cozinhar é uma paixão de família e como boa taurina, adora testar e provar pratos novos.
Para a maioria dos participantes, confeitaria é o maior desafio do programa. Para Juliana, porém, é uma grande aliada. De acordo com ela, a sobremesa traz felicidade porque costuma ser relacionada a aniversários, datas festivas e memórias da infância. “Gosto muito de contos de fadas. E desde criança quando eu via um tacho de cobre, normalmente usado para fazer doce em Minas, com a fumaça saindo, me remetia aos desenhos animados, parecia uma poção mágica. E eu continuo acreditando nisso. Para mim, a culinária é mágica que você faz para encantar a pessoa que você ama”, diz em entrevista ao Band.com antes do início das gravações.
Enquanto os doces são seu ponto forte, os pontos fracos podem ser as carnes exóticas e o leilão, desafio clássico do MasterChef pelo qual ela já passou na última temporada. “Sempre tive medo dessa prova”, entrega. Da última vez, apesar do frio na barriga, a cozinheira teve sorte e pegou um shoulder [miolo da paleta do boi], ingrediente que tem facilidade para preparar, e um bom tempo de execução. O resultado? Juliana foi elogiada e passou confiante para a segunda etapa, quando fez um ravióli. “Fui muito bem na técnica, mas o sabor deixou a desejar e não consegui nem finalizar o meu prato.”
Mesmo que não tenha sido a preferida dos chefs, a experiência foi um chacoalhão de vida e a vontade de participar de uma temporada inteira só cresceu. Com o programa, veio também um comichão que a fez se dedicar mais à gastronomia. Empresária, Juliana tem uma marca de moda íntima, mas nos últimos meses passou a estudar mais as técnicas da culinária e hoje pretende mudar de área e ter um restaurante de comida brasileira.
“É mais comum a gente encontrar restaurantes de culinária baiana ou a culinária mineira, de regiões específicas. Quero fazer um cardápio que abrace as cinco regiões. Acho triste que os próprios brasileiros não conheçam a riqueza do nosso país como um todo. Arroz com tucupi e jambu, por exemplo, eu só fui experimentar quando eu comecei a estudar gastronomia”, explica. Ainda assim, entrega que uma das suas especialidades é um clássico de Minas Gerais: o pão de queijo recheado com pernil.
Apesar de ser muito apegada à família de origem e sua cidade natal, Juliana saiu de lá aos 17 anos e hoje mora em Osasco, São Paulo, com o marido Ítalo, e Lola, uma cachorra da raça golden retriever. A torcida em casa, na cidade paulista, está garantida e em Passos, no interior de Minas, também. “Da outra vez, saiu no jornalzinho [da cidade] que eu estava participando. Foi bem legal”, lembra.
Boas energias não vão faltar. E estratégia também não. Para aproveitar essa segunda chance e levar o troféu para casa, além de caprichar na mágica do tempero e nos doces, ela quer manter a tranquilidade na competição. “Sou calma, mas fico tensa por dentro. Não fico nervosa a ponto de sair derrubando tudo, consigo me segurar, mas por dentro eu fico tensa. Não tem como, o programa tem disso. Quero focar 100% em mim”.