Emanuel, de 30 anos, nasceu no interior de Pernambuco, mas mora há quase seis anos em Portugal. De volta ao Brasil para participar do MasterChef Brasil, o especialista em marketing declara que está solteiro, mas engana-se quem pensa que ele quer viver um grande amor.
“Não estou em busca de amor não, eu estou em busca de safadeza! Mas quem sabe a pessoa não se apaixona, né?”, diz ele em entrevista ao Band.com.br.
No MasterChef, entretanto, o que ele está em busca é do troféu. O pernambucano, que ganhou o avental e se tornou um dos participantes da 10ª temporada, é vegetariano há quase cinco anos e não acredita que isso o limitará ao longo da competição.
“Eu acho que é um fator de grande diferenciação. Comi carne durante quase toda a minha vida. Provei muita coisa e entendi muitos sabores. [Ser vegetariano] Não é uma competência extra, mas é um fator que me traz diferenciação dos outros, porque eu entendo das proteínas tanto por nível técnico, quanto sabor, mas eu dou muito mais valor aos alimentos de base que estão sempre na mesa de quase todo qualquer cidadão brasileiro”, afirma.
O programa da Band entrou na vida de Emanuel em um momento delicado. Ele conta que foi vítima de xenofobia na empresa em que trabalhava em Portugal. Nesse período, o cozinheiro amador se encontrou na culinária.
“Comecei a entrar no processo de quase uma depressão e de auto sabotagem. O único lugar que me trazia alguma felicidade, que era a junção com os meus amigos, era na cozinha, onde eu sempre agreguei pessoas”, diz. Uma amiga o incentivou a se inscrever no MasterChef e durante a busca por um novo emprego surgiu a chance de tentar uma vaga no programa.
“O MasterChef me coloca no lugar de vida, não só na cozinha, mas vida no lado pessoal também. Não vou dizer que eu renasci, mas parece que eu reencontrei o prazer em muitas coisas. Eu reconheci como ser humano vivo”, comemora.
"Minha mãe já me chamava de MasterChef"
Ele pediu demissão e voltou ao Brasil, mas, por um tempo, não contou para a família que havia chegado ao país. A conexão com a mãe é tão forte que após pedir demissão a mãe falou para ele se inscrever no programa.
“Ela já me chamava de MasterChef antes de eu pensar em MasterChef. Quando eu pedi demissão, ela disse ‘se inscreve, bobo’. Eu falava, ‘não, mãe, isso é para quem sabe cozinhar’. Eu sempre achei que precisava comer muito feijão com arroz, me preparar para o MasterChef. E os meus amigos me diziam o contrário, inclusive minha mãe”, afirma.
No que depender de Emanuel, ele voltará para Portugal com o troféu de MasterChef Brasil. A capacidade de concentração é, para ele, um ponto forte.
“Sou determinado e tenho mais momentos leveza, tranquilidade, porque eu acho que nada vai além quando você não está bem mentalmente, então priorizo muito a minha consciência. Como diria Gal Costa, ‘é preciso estar atento e forte, nós não temos que ter medo, não temos tempo de temer a morte’. Sei que é uma competição e eu sou competitivo, eu sou determinado não é à toa que sozinho eu consegui trilhar o meu caminho que é bem sucedido dentro do que é para ser, né?”, afirma
“Então eu tenho determinação, técnica e conhecimento, mas eu acho que acima de tudo está o prazer. Quero me divertir e levar muito a sério a competição, mas eu quero vivenciar isso porque acho que é uma coisa única na vida”.