Participante da 9ª temporada do MasterChef Brasil, Edleide precisou adiar o sonho de ter um bistrô para se dedicar ao tratamento da filha Heloísa, de 3 anos. A menina foi diagnosticada com TEA – transtorno do espectro autista. “Tem sido uma luta diária, de muita resiliência, amor e cuidado”, afirma.
A jornalista, que tem mais duas filhas, descobriu a condição de saúde da caçula após a passagem pelo talent show da Band. Ele conta como percebeu que havia algo incomum com a criança.
“A gente sempre vê sinais e acha que não, não é isso, que isso não está acontecendo com a minha família. Mas os sinais são visíveis. Ela estava com atraso na fala, sentava sempre em forma de w, brincava com as mãozinhas”, lembra.
Ela e o marido, então, passaram por consultas com especialistas e o diagnóstico foi dado. “Desde então, nossa dedicação total é a ela, com terapias, psicologia ABA [Análise do Comportamento Aplicada], musicoterapia, psicomotricidade e terapia ocupacional”, conta.
Edleide acredita que o início precoce do tratamento foi essencial para a evolução do quadro. “Existem país que não aceitam o diagnóstico, ou às vezes não ligam para os sinais, o que acaba prejudicando o desenvolvimento da criança”, observa.
Heloísa recebe os cuidados há quatro meses. A ex-participante do MasterChef já nota uma melhora significativa.
“De pouquíssimas palavras soltas que Heloísa falava, hoje ela já consegui pedir alguma coisa, já senta na rodinha na escola, já brinca com outras crianças, e aos pouquinhos, dia após dia, ela vem conquistando pequenas vitórias que para nós pais é de grande satisfação”, comemora.
Depois do MasterChef
Edleide vem apresentando a lidar com uma agenda apertada desde que passou pela cozinha do MasterChef Brasil. A gastronomia ganhou um lugar ainda mais especial ao entrar no programa.
“Fui buscar minha afirmação nessa área e tive essa afirmação. Como disse o chef Fogaça, sou uma cozinheira de mão cheia, e isso me faz continuar a cada dia em meio a estudos, leituras, testes e realizações. Por meio disso tudo, estou realizando o sonho de ter meu bistrô e viver disso”, afirma.
“Haters? Quem são?”
No programa, Edleide sofreu pelas ofensas que recebeu. Ela decidiu dar um basta e bloqueou quem aparecia em seu Instagram com a intenção de machucá-la.
“Depois que decidi bloquear os indesejáveis, pronto, tudo em paz. Não é que eu tive que superar, não fiz nada de errado. Eles têm que aceitar que eu consegui entrar, que eu participei e que minha vida continua maravilhosa e agradecida a Deus por cada oportunidade”, declara.
Hater? O que é isso mesmo? São pessoas frustradas que não tem o que fazer, apenas.
Bastidores do MasterChef
Edleide elege dois momentos que a marcaram ao longo da disputa no MasterChef Brasil. Um deles foi estar perto de Raul, ex-participante.
“Foi muito emocionante porque participar de todo o processo já é bem eufórico e depois que você tá lá que consegue ver quem já participou daquilo que você achava que não conseguiria é um sonho realizado”, conta.
Outro episódio que a marcou foi o contato com a família após a eliminação.
“Foi bem legal ligar para meu esposo depois da eliminação, e saber que eu iria ver ele, minhas filhas, e matar a saudade que estava me consumindo. Foi muito especial, nem consegui chorar de tanta felicidade”, diz.