Consultor internacional fala sobre MasterChef Confeitaria: "As pessoas vão se surpreender"

Leia a entrevista exclusiva com Dave de Bie, consultor internacional de formato e produção na Banijay Estúdios

Por Aline Naomi

Inédito no Brasil, o MasterChef Confeitaria estreia na tela da Band na próxima terça-feira (19). O formato, voltado para o mundo das sobremesas, surgiu pela primeira vez na Austrália e, por lá, o sucesso foi tão grande que uma segunda temporada está a caminho.  

Para Dave de Bie, consultor internacional de formato e produção na Banijay Estúdios, detentora dos direitos do talent show, os brasileiros podem esperar boas surpresas da atração. "Eu acho que a audiência brasileira está pronta para isso e, pelo que eu já vi, as pessoas vão se surpreender", diz em entrevista ao Band.com.br.  

O executivo ainda analisa que, após o MasterChef fazer edições com profissionais, crianças e cozinheiros com mais de 60 anos, seguir para a confeitaria é um caminho lógico. "O Brasil é um excelente país para testar esse formato", afirma. "A Band sempre foi uma grande parceira nossa e sempre está disposta a tentar coisas novas." 

MasterChef Confeitaria com novo jurado 

Além de Erick Jacquin, Helena Rizzo e Henrique Fogaça, o chef confeiteiro Diego Lozano também integra o júri da nova atração. Para Dave, a aquisição foi essencial. "Os participantes são confeiteiros profissionais. Eles precisam ser julgados por alguém do mesmo nível que eles, senão mais alto", pontua.  

Ter profissionais na disputa, com carreiras consolidadas e, muitos deles, já comandando seus próprios negócios, é o que diferencia a atração. "No MasterChef Confeitaria, nós estamos falando de profissionais, e eu acho que é isso que separa o programa de outros talent shows de confeitaria", pondera Dave.  

O entrevistado acompanhou as gravações da estreia do programa e dá um spoiler. "Os participantes estão animados, estão nervosos, o que é bom. Eles deveriam estar nervosos, porque o elenco de jurados é obviamente incrível", afirma.  

É do Brasil 

Ao redor do mundo, 72 países exibem ou já exibiram o MasterChef. Aproveito a conversa com Dave para perguntar, afinal, o que mais chama a atenção no programa exibido no Brasil. "Uma coisa que sempre se destaca quando se trata do Brasil é o sucesso no digital", pontua logo de cara. 

Ele destaca também a forma como a narrativa toca no emocional do público. "Não há um episódio do MasterChef Brasil em que não há um participante ou jurado chorando", brinca Dave. "O MasterChef não é somente sobre comida, é sobre emoção. É sobre lembrar de casa, é sobre família, é sobre tradições, sobre sua origem. E eu acho que o MasterChef Brasil captura isso muito bem." 

No Brasil, o programa também foi fundamental para introduzir conceitos, técnicas e pratos da alta gastronomia para o público geral. Mas, além disso, também quebrou paradigmas ao trazer pautas progressistas sem sair do tema da cozinha.  

"Fico pensando na escolha de um participante trans em um país relativamente conservador como o Brasil, mas mostrando que a pessoa tem todo o direito de estar ali cozinhando um prato delicioso", conta fazendo referência a Thales, primeiro participante trans de um MasterChef no mundo inteiro.  

Algo semelhante também é feito no MasterChef +, em que os participantes são cozinheiros com mais de 60 anos de idade. "[Isso mostra que] você ainda pode conquistar algo, mudar sua vida, realizar sonhos", analisa.  

"Estamos mudando a perspectiva das pessoas e suas mentalidades, passo a passo, e estamos fazendo isso em uma plataforma global." 

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