Rodrigo Massoni, de 35 anos, venceu a sexta temporada do MasterChef Brasil em 2019. Quem acompanha o programa desde o início garante que essa foi uma das edições mais eletrizantes de todas. Além do talento dos participantes na cozinha, a rivalidade entre eles mexeu com as emoções do público — e o campeão deixou sua marca na competição. 

O cozinheiro de Osasco (SP), que hoje atua em eventos gastronômicos e também é influenciador digital, conta que decidiu tentar uma oportunidade no talent show da Band justamente por causa do jogo. "Gosto de cozinhar e de comer muito, mas me inscrevi pelo jogo, sou muito competitivo. O MasterChef junta as duas coisas", revela o vencedor, que não entrou no programa para brincar.

Rodrigo ficou conhecido por ser um participante de poucas palavras. Enquanto a cozinha pegava fogo em todos os sentidos — quem se lembra de Helton e Haila vs. Juliana? —, ele permanecia concentrado na própria receita. E foi com a estratégia da tranquilidade que o ex-engenheiro ambiental conquistou o troféu da temporada. "Previ que todo mundo estaria nervoso, o que é bem normal. Sabia que se eu conseguisse ficar tranquilo, estaria um passo à frente. E consegui", explica.

Percebi que a minha tranquilidade deixava os outros nervosos, eles se perdiam um pouco.

Jogador nato

O cozinheiro diz que não pensava no prêmio durante sua trajetória no MasterChef, mas no "próximo episódio". Ele encarava cada um deles como se fossem a grande final. “Não pensava no futuro. No começo, não sabia onde eu poderia chegar… Poderia 'dar ruim'", brinca. “Mais para frente, percebi que estava saindo gente com muito mais experiência e que já tinha viajado para todos os lugares, e eu fui ficando. Pensei: 'Alguma coisa está acontecendo. Ou eles são muito ruins e eu sou médio ou eu sou bom'", relembra o campeão apaixonado por desafios.

A rivalidade entre os participantes não distraiu Rodrigo de seu objetivo. Ele, inclusive, tem sua própria opinião sobre as "tretas" que marcaram a edição. “Eu achava engraçado porque tinha bastante gente que fazia isso intencionalmente para ter visibilidade", afirma.

Na final, ele superou a piauiense Lorena Dayse, participante que era a favorita do público das redes sociais. Rodrigo relembra a missão nada fácil de servir um menu completo para os jurados no último dia de competição. "A última prova foi a mais difícil. Sair na primeira semana e ficar em segundo lugar, para mim, seria a mesma coisa", argumenta. 

O MasterChef é uma superação, tem muitas coisas envolvidas. Sentimentos, expectativas… Quando você vê o resultado final, é legal.

Vida de cozinheiro confinado

O paulista venceu a última temporada exibida antes da pandemia, teve pouco tempo para exercer a nova profissão do jeito que gostaria. E apesar dos obstáculos que a crise da covid-19 colocou no caminho de todos os brasileiros, Rodrigo não precisou usar a quantia de R$ 250 mil que ganhou no programa. "O prêmio, por enquanto, está guardado. Estou conseguindo sobreviver sem ele", garante.

Atualmente, Rodrigo faz publicidade para empresas alimentícias nas redes sociais, ensina receitas para os seguidores e trabalha em eventos privados. E o futuro? "Sinceramente, não sei o que vai acontecer", dispara. 

Enquanto a vida não volta ao normal, o campeão se aventura na culinária asiática e na panificação em casa. "Sigo a linha da fermentação natural. É bem desafiador e eu gosto de desafios, não paro enquanto eu não consigo fazer algum produto. Encaro como um jogo mesmo", conta.

Por enquanto, ele comemora o fato de viver da gastronomia. "Consegui deixar a engenharia de lado com uma facilidade absurda porque eu não aguentava mais aquilo. Fico feliz com menos", finaliza.

Relembre a final do MasterChef Brasil 2019: