Adílio teve a vida transformada após participar da 9ª temporada do MasterChef Brasil, que ganhou uma reapresentação especial pela Band aos domingos. Durante o programa, o pai do cozinheiro missionário, que vive em Pirenópolis (GO), fez campanha pela cidade com um carro de som a fim de que os moradores prestigiassem o filho na competição.
Em entrevista ao Band.com.br, Adílio explica que o gesto do pai demonstra o renascimento de uma relação que havia sido abalada após uma tragédia. “Eu vi o poder que esse programa tem de construir relações”, diz.
“O relacionamento com meu pai sempre foi bem conturbado depois da morte do meu irmão. Meu pai passou por tempos sombrios, entrou em depressão e ficava muito sozinho. Ele não conseguia viver novamente. O MasterChef foi um renovo para ele. Após sair do programa, em uma das nossas conversas, ele disse que no final do ano estava orando e que pediu uma luz para voltar a ter vontade de viver”, afirma, emocionado.
Segundo o missionário, o pai contou a ele que ganhou uma nova razão de viver ao acompanhá-lo no MasterChef Brasil: “Ele disse que foi um fôlego de vida. O MasterChef construiu novamente a relação de pai e filho que havia sido quebrada. Meu pai é outra pessoa. A gente se relaciona de outra forma. Eu consigo entendê-lo e ele me entende também".
Aquele não foi apenas um carro de som. Foi como se ele dissesse: ‘meu filho, estou vivo e estou aqui’.
Adilio realiza sonho: “lugar de transformação”
Adílio revela, em primeira mão ao site do MasterChef, que está perto de realizar um antigo sonho: ter um restaurante com a proposta que ele almejava. “Eu queria um lugar que servisse comida boa, mas que as pessoas também pudessem ter atendimento psicológico, acolhimento e transformação. Aconteceu”.
O ex-participante do talent show da Band assinará o menu do estabelecimento, que já tem nome: Pouso Gastro Café. “Será um lugar de transformação social, acolhimento e muita comida boa. É um privilégio assinar o menu desse lugar e construir essa história junto a outras pessoas. O meu sonho era esse restaurante. Estou muito animado!”, declara.
Após o programa, o missionário viajou por vários estados brasileiros, conheceu outras culturas, teve contato com muitos chefs de cozinha e cresceu no conhecimento da gastronomia. Ele define o período de quase um ano desde que saiu do MasterChef como uma “aventura”.
“Tenho descoberto uma paixão, que é o trabalho como personal chef. São jantares intimistas para poucas pessoas em que entrego uma experiência de se reconectar com suas histórias e memórias”, afirma.
Relação com outros participantes
Do lado de fora do programa Adílio fez novas amizades e conexões. Dentro da disputa culinária não foi diferente. Ele diz que ainda tem contato com alguns ex-participantes e conta que existe um grupo chamado Megazord no WhatsApp, como ficou conhecido um dos grupos da temporada.
“Quando eu assistia [antes de participar], eu pensava que era impossível fazer amizade dentro de um reality show. O programa me deu amigos para vida. As pessoas com quem mais tenho contato é o Bruno, que é um irmão. Também tem o Mário, que sempre foi uma relação de muito apoio. A gente acredita um no outro. Também tenho uma amizade forte com a Mel, além do Rafa e da Lays. A gente tem um grupo chamado Megazord no WhatsApp”, entrega.
Em quase um ano, a minha vida se transformou em uma aventura. O que ficou mais forte foi que eu amadureci e me transformei como ser humano.