No Programa do João deste domingo (24), o apresentador fez uma entrevista exclusiva com a dupla Bruno & Marrone. Donos de sucessos como "Dormi na Praça" e "Vida Vazia", os cantores sertanejos acumulam milhões de CDs vendidos e de visualizações nas plataformas digitais.
No bate-papo, Bruno relembrou o início da carreira da dupla. "Nós cantamos quase dez anos em bar e gravamos mais sete CDs para estourarmos nacionalmente", contou o artista. "Foram praticamente 14 anos para fazer sucesso."
Mesmo quando não eram conhecidos por todo o Brasil, Bruno & Marrone faziam muito sucesso por onde passavam. "A gente enchia os bares de Goiânia, de terça a domingo", revelou Bruno. "A gente foi ficando regional e foi conquistando espaço pouco a pouco."
Marrone ainda falou sobre o apoio que teve de colegas do meio, como Zezé de Camargo. "Quando o Zezé estava estourado, ele foi num bar onde a gente cantava. Ele chegou lá com um bonézinho na cabeça, bem tranquilo, bem disfarçado", disse. "Estava ele, o Leonardo, o Chitão", complementou Bruno.
Sucesso fora da lei
Na entrevista, a dupla conta a forma curiosa como eles foram parar na boca do povo. "Em 1998, a gente já fazia 20 shows por mês, porque a gente estourou com CD pirata", disse Bruno. "Eles foram dando, vendendo e, quando a gente viu, estava estourando. Estava no porta-malas dos carros todos, o povo ouvindo alto nos carros."
Assim, foi inevitável que as rádios não tocassem os sucessos de Bruno & Marrone. "A gente não pagava jabá, porque eram as gravadoras que pagavam", afirmou Marrone. "A gente estourou de uma maneira que as rádios tiveram que tocar a gente de graça."
No repeat de Bruno & Marrone
Para estar no meio musical, é preciso ter referências e escutar outros artistas, mas se engana quem acredita que nos fones de Bruno e Marrone toque apenas sertanejo. "Eu gosto de ouvir música internacional dos anos 80 e gosto de ouvir música antiga sertaneja", descreveu Bruno.
Marrone também surpreendeu na resposta. "Eu sou apaixonado nos Beatles e tal, mas tem muitas bandas maravilhosas no mundo. Mas eu sou apaixonado, apaixonado mesmo, no ABBA", contou. "Eu tinha um Opala e colocava a fita cassete."
"Eu morava na roça e, na cama, eu colocava o radinho de pilha. Eu colocava e o ABBA estava estourado. Eu chorava, sabia? Eu chorava de ouvir as músicas, de emoção. Meu sonho era conhecer eles."