Mamma Bruschetta abriu o coração sobre sua transição de gênero. Em entrevista ao podcast do Horóscopo na Band, ela falou sobre a decisão de colocar seu nome social, Mamma Bruschetta Piccirillo Henrique, em seus documentos.
“Eu era conhecida com esse nome. Nada mais justo. E foi por causa do banco. Meu gerente falou: ‘Escuta, por que você não põe o seu nome [no RG]?’. Saiu uma notícia de que eu tinha feito a passagem do nome, que eu tinha me tornado trans”, destacou ela.
A apresentadora reforçou que isso foi algo natural para ela. “Não é nada demais, é minha vida!”, frisou. Ela, que faz parte da equipe do Melhor da Tarde, também destacou que nunca se sentiu vítima de descriminação.
“Nunca senti preconceito. O máximo que ouvi de hater foi: ‘essa gorda chata. Essa velha’. Também acho que sou gorda, meio chato às vezes e sou velha. Então não tem nada que me ofenda. Enfrentei mais na infância, no colégio, o bullying”, relatou.
Mamma, inclusive, se enxerga como uma pioneira na televisão e acredita que ajudou a descontruir vários estereótipos e preconceitos com as personagens que criou quando entrou na TV.
“Fui a primeira pessoa a fazer um papel feminino em uma revista eletrônica de manhã. Eu fazia a Condessa Giovanna, que criei para o TV Mix. Depois essa mesma personagem apresentou o programa junto da Astrid Fontenelle e o Serginho Groisman. A Hebe me convidou para o programa dela, fui fazer o Show de Calouros, e fiquei famosa”, contou.
Aliás, ao ser convidada para ser uma das juradas do Show de Calouros, ela recebeu um conselho precioso de Silvio Santos.
“Quando o Silvio Santos me chamou, ele me olhou e falou: ‘Traz essa italiana para fazer o meu júri, quero experimentar ela’. Fiquei 3 ou 4 anos. No quinto, ele descobriu que eu não era exatamente uma condessa, que eu não era italiana e que eu não era mulher. Aí ele me chamou e falou: ‘É verdade que você não é mulher?’ Muito inteligente! De hoje em diante não revela para mais ninguém, fica este mistério!’”, relatou.