Luisa Mell se defende após resgate polêmico de cachorros na Casa Abandonada

A ativista usou as redes sociais para falar sobre resgate dos cachorros de Margarida Bonetti, que ficou conhecida como A Mulher da Casa Abandonada. Durante operação policial no local, Luisa fez uma live e foi acusada de promover sensacionalismo

Da Redação

Luisa Mell com os cachorros resgatados da casa abandonada no bairro de Higienópolis  Reprodução/Instagram
Luisa Mell com os cachorros resgatados da casa abandonada no bairro de Higienópolis
Reprodução/Instagram

Luisa Mell usou as redes sociais para se defender sobre o polêmico resgate dos cachorros de Margarida Bonetti, que ficou conhecida como A Mulher da Casa Abandonada, após o sucesso do podcast homônimo do jornalista Chico Felitti, da Folha de S.Paulo. Na quarta-feira, a apresentadora e ativista fez uma live direto do local, onde a polícia cumpria mandados de busca e apreensão, e foi acusada por internautas de fazer sensacionalismo.

Em uma série de vídeos, na noite desta quinta, Luisa aparece junto dos animais e de uma das veterinárias do Instituto Luisa Mell, que explica o estado de saúde de uma cadela, que está com vários tumores nas mamas. 

"Fomos chamados [à casa de Bonetti], pois havia denúncias que tinham gatos dentro da casa. Foi encontrada mais uma cachorra debilitada, que já está sob nossos cuidados. Há 15 dias resgatamos duas. E as duas com exames de saúde muito alterados, uma com um tumor enorme. A casa é insalubre, imunda e coloca em risco toda a saúde da comunidade em torno", detalhou. 

“A cachorra está com um tumor de mama. Vários tumores. Ontem ela [Margarida Bonetti] disse para mim que não tinha visto, porque não era veterinária. Eu acho que qualquer pessoa consegue ver o tamanho desse tumor. Ela não dá atendimento veterinário, e também não falta de dinheiro”, afirma a apresentadora. 

A ativista também criticou aqueles que tentam dar razão a Margarida sobre os animais e frisou que a mulher é uma foragida da Justiça norte-americana, acusada de manter por 20 anos sua ex-empregada doméstica em condições análogas à escravidão, na época em que moravam nos Estados Unidos.

"A criminosa é a Margarida. A vítima desta história é a mulher analfabeta que foi escravizada e maltratada por 20 anos! Não confundam as coisas. Ela nunca pagou pelo crime seríssimo que cometeu. E nem vai pagar. Inacreditavelmente. E tem gente ainda querendo transformar em vítima a vilã da história", detonou.

Desde o início da repercussão do podcast, lançado em 8 de junho, Luisa fez dois resgates no imóvel. No primeiro, encontrou dois cachorros de porte grande, em condições insalubres. Já no dia em que a polícia fez uma operação para investigar as condições da residência, a ativista e sua equipe voltaram ao local após receberem denúncias de gatos dentro da casa. No local, foi encontrada um terceiro cachorro, de porte pequeno. 

“Tem outro aspecto, essa cachorra [a menor] estava com as unhas que não conseguia andar, e isso também faz muito mal para o cachorro. E o local estava totalmente insalubre, o que coloca toda a comunidade em risco”, ressaltou ela. 

Operação da polícia na casa abandonada 

A Polícia de São Paulo cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa abandonada na tarde de quarta-feira. “A casa tem muita sujeita, muita coisa acumulada. A senhora evitou a entrada da polícia mesmo com a ordem judicial. A casa tem muita coisa acumulada e sujeita. Agora a perícia começou seu trabalho”, disse a delegada Vanessa Guimarães.

Em entrevista ao Brasil Urgente, o delegado Luis Carlos Zaparoli disse que as equipes da polícia encontraram muita dificuldade para entrar na casa. “O cheio dentro da casa também é terrível. É um local absolutamente insalubre. Para entrar nós tivemos dificuldades porque a porta não abria. Tinha muita coisa, muito lixo e muita coisa velha espalhada pelo local”, contou.

Ainda segundo o delegado, a dona do local, Margarida Bonetti, que estava na residência não queria colaborar com as ação dos policiais. “Ela só não queria que a gente entrasse de forma nenhuma. Ela estava delimitando a quantidade de policiais para entrar. Ela dificultou ao máximo. O que a gente quer agora é verificar os outros cômodos, se existem mais animais e qual a condição de viver nesse local”, afirmou.

Quem é Margarida Bonetti

A história de Margarida Bonetti, de 63 anos, herdeira de uma família rica de São Paulo e casada com o engenheiro Renê Bonetti, tem chamado atenção nas últimas semanas. Ela esteve na lista de procurados pelo FBI acusada de cometer crimes nos Estados Unidos, como trabalho análogo à escravidão e agressão contra sua ex-empregada doméstica. O casal foi denunciado à polícia americana no ano 2000.

Renê chegou a ser julgado, condenado e preso nos Estados Unidos, onde cumpriu pena, e foi solto. À época do julgamento, Margarida fugiu para o Brasil, onde vive até hoje, na mansão em Higienópolis. O crime prescreveu, como explicou a Delegada Elisabete Sato ao vivo no programa Brasil Urgente.

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