Leonardo se manifesta após entrar na “lista suja” do trabalho escravo: “Sou totalmente contra”

O artista é dono da fazenda Talismã, avaliada em R$ 60 milhões, que conta com uma mansão, cavalos, lago, igreja e outras comodidades

Da Redação

Leonardo
Reprodução/ Instagram @leonardo

O governo federal expõe empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão em uma chamada “lista suja”. Contudo, uma atualização feita nesta segunda-feira, 7 de outubro, chamou a atenção nas redes sociais. Isso porque, entre os 727 nomes, estava o do cantor Leonardo, dono da Fazenda Talismã.  

Em um pronunciamento feito nas redes sociais, o sertanejo afirma estar “surpreso e muito triste” com a inclusão e negou qualquer responsabilidade com as condições análogas a de escravo a que estavam submetidos seis funcionários na Fazenda Talismã: “Não me misturo nessa lista”, disse ele.

“Com todo o respeito, foram muito bem recebidos lá na minha fazenda, mas foi lavrada uma multa para mim, porque sou o proprietário da fazenda. (A multa era referente) não à Fazenda Talismã, era referente à Fazenda Lakanka, que é onde arrendei para o plantio de soja. Até aí, a gente respeita o Ministério Público. Essa multa para mim resolveu tudo. Está arquivado esse processo. Pagamos a multa. Não conheço quem estava lá nessas casinhas”, disse o sertanejo no registro.

“Já plantei tomate, sei como é difícil a vida lá, e, do fundo do meu coração, jamais faria isso. Acho que há um equívoco muito grande sobre a minha pessoa. O Brasil inteiro me conhece e sabe a pessoa que sou, da idoneidade que tenho, graças a Deus, foi tudo que meu pai me ensinou”, continuou Leonardo. “Sou totalmente contra e vou ser sempre.”

O que aconteceu?

O artista, Emival Eterno da Costa, está entre as pessoas físicas e jurídicas listadas após uma fiscalização realizada em novembro de 2023 em uma de suas fazendas, no município de Jussara, interior de Goiás.

Cadastro de Empregadores  - Reprodução/ SIT

Na ocasião, foram encontrados na propriedade avaliada em R$ 60 milhões, que seria mantida e gerida pelo artista, seis pessoas, incluindo um adolescente de 17 anos, em condições degradantes, um dos elementos que configura a escravidão contemporânea no Brasil.

Fazenda Talismã durante fiscalização - Reprodução/MTE

A lista que torna público os dados desses empregadores é atualizada semestralmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Secretaria de Inspeção do Trabalho e na última inclusão, 176 nomes foram adicionados na lista que atualmente conta com 727 nomes. 

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