Larissa Manoela, de 24 anos, moveu uma ação judicial contra uma gravadora por conta de um contrato assinado por seus pais, Silvana Taques e Gilberto Elias, em 2012, quando tinha 11 anos, período em que ambos ainda gerenciavam sua carreira. Isso porque, uma cláusula estabelece um vínculo vitalício com a artista, impedindo-a de lançar músicas por selos concorrentes enquanto estiver viva.

O acordo foi fechado com Deckdisk, maior gravadora independente do Brasil e que abriga artistas como Pitty, Roberta Sá e NX Zero. Para tentar se livrar do vínculo, Larissa e seus advogados entraram com um processo, que corre no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Na ação em trâmite no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a atriz argumenta que, por ser menor de idade na época, não tinha conhecimento das cláusulas do acordo. Além disso, ela afirma ter se surpreendido ao descobrir que o vínculo teria validade vitalícia, acompanhado de uma multa elevada em caso de rescisão.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, a advogada da atriz, Patricia Proetti, classificou o acordo entre a empresa e os pais da artista como abusivo e ilegal. "Este contrato contém cláusula de caráter vitalício, o que é abusivo, além de ser omisso quanto à prestação de contas. Vale destacar que Larissa jamais teve acesso a relatórios financeiros e nunca recebeu valores provenientes deste contrato", pontuou a profissional.

Além disso, a empresa também não precisa prestar contas sobre o dinheiro de arrecadação das músicas de Larissa nas plataformas digitais. Hoje, ela conta com 200 mil ouvintes mensais no Spotify.

Filha única, Larissa Manoela rompeu com os pais em agosto de 2023 por não estar satisfeita com a condução de seus negócios e o gerenciamento de sua carreira, dando início a uma sucessão de polêmicas sobre a vida pessoal e profissional da atriz.