Katy Perry X Freiras: entenda briga por convento que terminou com morte nos EUA

Katy Perry travou batalha judicial contra freiras para conseguir comprar convento luxuoso de Los Angeles

Por Leonan Oliveira

Katy Perry é um dos nomes mais populares da música mundial. Entre sucessos e recordes quebrados com sua música, a cantora protagonizou algumas polêmicas ao longo de sua carreira, como quando travou uma batalha contra duas freiras nos tribunais para comprar um luxuoso convento de Los Angeles. A história foi tema do “Menino, Nem Te Conto…”, do Band Entretê, desta semana.

Em meados de 2014, a dona de “I Kissed a Girl” e “Roar” decidiu que gostaria de comprar um luxuoso convento, construído em 1927, que havia sido colocado à venda no bairro de Los Feliz, em Los Angeles. O convento é um verdadeiro castelo, conta com mais de 9 mil metros de extensão e, no passado, comportava mais de 50 irmãs da Ordem do Coração Sagrado e Imaculado da Virgem Maria de maneira confortável.

Com o passar dos anos, as irmãs foram deixando a propriedade e apenas cinco freiras moravam por lá quando a Arquidiocese de Los Angeles decidiu colocar o convento à venda. Acontece que, enquanto a igreja procurava compradores para o lugar, as irmãs Catherine Rose Holzman e Rita Callanan foram à público para afirmar que elas eram as verdadeiras donas do lugar e, por isso, deveriam vender por conta própria o convento.

As religiosas foram contra a venda da propriedade para Katy Perry, afirmando que seria um pecado vender o lugar para uma cantora do mundo. Durante o embate com a igreja, em 2015, mesmo sem autorização, as freiras fecharam negócio com Dana Hollister e venderam a propriedade para que empresária o transformasse em um hotel de luxo. A venda aconteceu depois que a Arquidiocese deu entrada nos documentos para transferir a propriedade para Katy Perry e, assim, o convento estava ‘vendido’ para duas pessoas ao mesmo tempo: Katy Perry e Dana Hollister.

Katy Perry, que não queria abrir mão da propriedade, chegou a visitar as freiras Catherine Rose Holzman e Rita Callanan para mostrar que ela não era nada do que elas estavam pensando, mas as religiosas não voltaram atrás…

Briga por convento termina em morte nos tribunais

Em meio à confusão, Katy Perry e a Arquidiocese de Los Angeles entraram com um processo contra a venda ilegal da propriedade. Na ocasião, o advogado de Perry afirmou que a empresária teria se aproveitado da fé das irmãs para enganar as irmãs e, assim, comprar a propriedade. 

O processo demorou a desenrolar e ficou aberto até 2017, quando o julgamento foi marcado nos Estados Unidos. Tanto Rita quanto Catherine foram ao tribunal para demonstrar apoio a Dana Hollister na batalha pelo convento, mas a decisão da juíza Stephanie Bowick não agradou as freiras: a juíza decidiu que Dana Hollister agiu de maneira ilegal na compra do convento, anulou o acordo feito entre a empresária e as freiras e autorizou que Katy Perry desse continuidade em seu processo de compra. “O tribunal concluiu que as irmãs não tinham autoridade para vender a propriedade para Hollister”, determinou a juíza durante a audiência, que chamou a atenção de todo o mundo.

Dana Hollister foi condenada a pagar uma indenização milionária para a arquidiocese e, pouco tempo depois, declarou falência. 

Foi durante uma audiência da segunda parte do julgamento que a história tomou um rumo diferente e estampou a capa de jornais de todo o mundo. Em março de 2018, durante a audiência dentro da corte americana, a freira Catherine Holzman passou mal, desmaiou e morreu. Momentos antes de entrar para a audiência, a freira falou à Fox e apelou para Katy Perry: “Para Kary Perry: por favor pare. Isso não está fazendo bem a ninguém, mas machucando um monte de gente”.

Depois da morte, que virou um escândalo mundial, Rita Callanan - a outra freira - se revoltou sobre a situação e disse que Katy Perry tinha sangue nas mãos por causa da morte de sua amiga. 

Katy Perry seguiu o processo de compra e adquiriu a propriedade por pouco mais de R$ 70 milhões, de acordo com a revista Monet.

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