Joe Perry, do Aerosmith, exalta rock setentista no Ibirapuera

Com seu projeto solo, músico toca sucessos em festival gratuito com Yohan Kisser e Ian Lahn

Cleber Machado, Metro Jornal

Guitarrista do Aerosmith fez show solo no Brasil
Cleber Machado/Metro Jornal

O guitarrista Joe Perry, um dos fundadores do Aerosmith, voltou ao Brasil para ser atração principal da nona edição do Samsung Best of Blues & Rock, que aconteceu neste domingo (17), na área externa do Auditório Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.

Apesar da apresentação com o projeto solo, o artista não economizou em músicas da banda que o impulsionou para o mundo. Foram 19 canções, entre faixas de sua carreira solo, grandes clássicos dos “bad boys de Boston” e até covers de Fleetwood Mac e Led Zeppelin. O show, gratuito, ainda contou com muitas jams e longos solos, tocados cheios de disposição.

Ao seu lado, Perry tinha o vocalista Gary Cherone, do Extreme – como esquecer “More Than Words”? –, o tecladista Buck Johnson, o baixista Chris Wyse e o baterista Jason Sutter. Juntos, o quinteto empolgou um grande público com canções como “Let the Music Do the Talking”, “Toys in The Attic” e “Walking the Dog” – sequência de ouro para abrir os trabalhos da noite.

Houve ainda espaço para surpresas, como “My Fist Your Face”, música do esquecido álbum “Done With Mirrors” (1985), e uma versão instrumental de "Walk this Way" com talk box – efeito que usa a boca para modular instrumentos. A noite fechou com os hinos "Sweet Emotion" e "Train Kept a Rollin" – para delírio do público.

Antes do show, em conversa com jornalistas, Perry disse estar "feliz de poder voltar a tocar para tanta gente desde a pandemia". Ele aproveitou a parada forçada na agenda do Aerosmith – o vocalista Steven Tyler está em uma clínica de reabilitação – para sair em turnê com seu projeto solo. E foi no Brasil que as apresentações começaram, com uma apresentação em Porto Alegre (RS) na sexta-feira (15).

Blues e rock para além de Joe Perry

Antes de Joe Perry, a percussionista Lan Lahn esquentou o público, que encarava uma tarde fria na capital paulista. Em show instrumental, ela apresentou um repertório com arranjos de percussão, cordas e metais, transitando por composições autorais. O trabalho navega por diversos gêneros, como baião, sambas de roda e chorinho.

Em seguida, foi a vez do multi-instrumentista Yohan Kisser, que com desenvoltura e muita simpatia conduziu uma viagem de sons instrumentais. O músico fez versões progressivas de Johan Strauss, Igor Stravinsky, Frank Zappa, Hermeto Pascoal, Jimi Hendrix e Rush. Filho de Andreas Kisser, ele dedicou o show a sua mãe, Patrícia, morta há duas semanas.

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