João Suplicy participou do programa Do Bom e do Melhor, da Rádio Bandeirantes, e falou sobre o lançamento de seu novo álbum, “Samblues”, criado a partir das influências do samba e do blues.
“O Samblues surgiu no meu violão. A minha forma de tocar violão tem influência do violão mais tradicional, e que tem ligação com o samba. Ao mesmo tempo, sempre fui apaixonado pelos guitarristas de blues e rock. Pelo meu jeito de tocar já faço o samblues há muitos anos”, afirmou o convidado para o apresentador Danilo Gobatto.
Samblues segue como uma definição de estilo. Nunca me senti à vontade em nenhum rótulo. João é roqueiro? Não. João é sambista? Também não. Inventei o meu próprio rótulo e me sinto mais representado.
Ele ainda contou como passou a ter contato de forma mais profunda com o samba após morar nos Estados Unidos por alguns anos. De volta ao Brasil, com cerca de 20 anos, João decidiu viver no Rio de Janeiro. Foi aí que ele conheceu Beth Carvalho (1946 – 2019), que se tornou uma espécie de madrinha do jovem artista.
“Certo dia, o meu tio me ligou falando que estava num restaurante com a Beth Carvalho. Eu conheci a Beth, uma simpatia! Aquela força. A gente se deu muito bem. Ela se simpatizou comigo e meio que me adotou. Ela me levou para conhecer as rodas de samba mais quentes do Rio, me apresentou para Arlindo Cruz e ele perguntou se eu era gringo. Foi ela quem me apresentou o samba de uma forma muito mais profunda. Eu me encantei”, lembrou.
Suplicy define a amizade com Beth Carvalho como um privilégio e até relembra o que ela dizia: “Ela falava que meu samba era muito branco. E de fato era. Talvez ainda seja”.