Homenageado da CCXP, Wagner Moura diz que arte é política e que quer viver um lobisomem

Artista foi ovacionado pelo público e se emocionou com depoimentos de amigos

Por Guilherme Machado

Homenageado da CCXP, Wagner Moura diz que arte é política e que quer viver um lobisomem
Wagner Moura é homenageado na CCXP
Divulgação/CCXP

O auditório do palco Thunder By ClaroTV+ foi abaixo assim que Wagner Moura surgiu. Homenageado da edição deste ano da CCXP, o ator ficou visivelmente emocionado com a recepção que teve do público.

“Estou feliz demais. Quando você entra aqui no palco e recebe essa energia, é muito emocionante”, frisou o artista.

Ao receber o troféu, ele disse que se lembraria do momento para sempre.

Durante a homenagem, o intérprete reviu diversos momento de sua trajetória, incluindo um vídeo de quando era criança e deu uma entrevista a uma emissora de TV. Nela, ela lamentava o reassentamento que ocorreu na cidade de Rodelas, na Bahia, onde morava

A lembrança levou a brincadeiras de que Moura foi ativista desde sempre. De fato, para ele, o ato de fazer arte é também político.

“Eu sempre achei que a arte é política, independentemente do que você faz. Às vezes vocês assiste a uma comédia despretensiosa e aquilo te traz algum tipo de questionamento, de transformação”, destacou ele em uma coletiva com jornalistas, que aconteceu pouco antes da cerimônia de homenagem.

Com trabalhos como “Tropa de Elite”, “Marighella” — como diretor — e “Guerra Civil” no currículo, Moura sempre usou a arte para falar de temas que lhe são caros.

“Para o mim conceito de política é muito amplo. Alguns artistas se dedicam a fazer uma arte mais claramente engajada e sempre gostei de cinema político. Eu sou um homem que gosta de política, que me interesso por justiça social. Faço as coisas para mim e se depois aquilo fizer sentido para outras pessoas, massa! Me parece natural que meu caminho tenha esse tipo de engajamento”, expressou.

Apesar disso, ele aproveitou pra brincar: "Embora não queira ficar preso a isso, quero fazer um lobisomem".

“Eu nunca fiz um filme de lobisomem. Eu nunca fiz um filme de terror, de suspense. E lobisomem acho legal porque tem q questão do personagem, de entender o que é uma pessoa ficar amaldiçoada, virara uma besta e de repente devorar as pessoas que ela ama. Acho que como personagem é fascinante”.

Ele reforçou que trabalha, antes de mais nada, para si mesmo, e que nunca focou na busca pela fama.

“Sempre tive muita coerência com o artista que queria ser. Quando você começa a ficar famoso, tem uma série de coisas da indústria das celebridades que nunca gostei”, ressaltou.

Na homenagem, ele recebeu ainda depoimentos de amigos como Vladimir Brichta, Lázaro Ramos e contou com uma aparição surpresa de Alice Braga.

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