Godzilla e Kong: O Novo Império entrega tudo que se esperaria de um filme de monstros, ou seja, muitos efeitos especiais, explosões e patrimônio histórico da humanidade destruído. E para por aí. Tudo que o filme tem de grandioso em termos de ação ele tem de capenga em termos de roteiro. A história é fraca e cansativa e parece não ter ideia de para onde quer ir, o que torna a experiência altamente frustrante.
Na verdade, a narrativa importa muito pouco, sendo que ela serve como desculpa para chegar aos grandes momentos de batalha. Faça-se justiça, o longa lida bem com as sequências de brigas entre monstros em destruição em massa. Quer dizer, até certo ponto, uma vez que as cenas “gravadas” no Rio de Janeiro usam efeitos que são de doer de tão ruins – gastar milhões de dólares em uma tela verde desta qualidade chega a ser triste.
A trama se divide em três núcleos, sendo aquele centrado nos humanos o que serve para amarrar a mitologia do universo apresentado. Problema: o filme não faz qualquer esforço para atrair aqueles que já não são fãs desse mundo de monstros desenvolvido pela saga, o que prejudica de forma significativa a experiência. Combine-se isso o fato de que o núcleo dos humanos é extremamente arrastado e o que se têm é um combo que chega a ser enfadonho.
Em suma, o lado espetaculoso do filme não esconde aquilo que gostaria: uma experiência vazia e cansativa. Vale pelos efeitos e pode agradar os fãs mais aguerridos do universo de Kong e Godzilla, mas não justifica as quase duas horas de duração que se precisa ficar sentado na cadeira do cinema. Melhor esperar a estreia no streaming e deixar a ação entrar por osmose mesmo.
Nota do Autor : 2,5 de 5 (FRACO)
Godzilla e Kong: O Novo Império - Estreia 28 de março nos cinemas