Grávida aos 44 anos, Gisele Bündchen agora espera o terceiro filho, segundo uma revista norte-americana. A top model, que vive um relacionamento com o professor de jiu-jitsu Joaquim Valente, está com pelo menos cinco meses de gestação, segundo a imprensa dos Estados Unidos. Agora, ela precisa passar por cuidados especiais por estar em uma gestação em idade avançada. 

A gravidez em idade avançada, segundo especialistas, é definida como gravidez após os 35 anos. Gisele Bündchen, por exemplo, tem 44 anos. Segundo a ginecologista e especialista em reprodução humana Paula Marin, este tipo de gravidez tem aumento em riscos maternos e do bebê, principalmente pelo declínio na fertilidade. 

Com avanços na medicina, muitas mulheres agora optam por engravidar após os 35. Segundo a ginecologista, Gisele terá que passar por um pré-natal rigoroso e outros cuidados com a saúde para garantir uma boa gestação. 

"É preciso fazer exames de rastreamento para anomalias genéticas, análise de DNA fetal no sangue materno, porque há aumento no risco de alterações cromossômicas, por exemplo", afirma. 

Além disso, Paula cita que é preciso monitorar condições preexistentes, como diabete e hipertensão, que devem ser controlados. "Há riscos de diabete gestacional, hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia. Também há chances de complicações no parto, incluindo parto prematuro, restrição de crescimento intrauterino, descolamento prematuro de placenta e maior taxa de cesárea", avalia. 

Tratamentos para fertilidade e acompanhamento diminuem riscos

Atualmente, há tratamentos de fertilidade oferecidos para mulheres que desejam engravidar com mais de 40 anos, como Gisele Bündchen. A ginecologista e especialista em reprodução humana afirma que a fertilização in vitro é o tratamento mais indicado. 

"Esse tratamento faz com que os embriões sejam formados em laboratório, evoluam em incubadora e sejam posteriormente transferidos ao útero", explica. 

No caso de mulheres na idade de Gisele, a chance de uma gravidez natural pode variar entre 5% e 30%. "Não se pode reverter a perda de qualidade do óvulo. O uso de óvulos doados pode ser sempre uma opção. Em casos de baixa reserva ovariana, ou baixa qualidade dos óvulos, ou falência ovariana, a ovo doação pode oferecer uma alternativa com altas taxas de sucesso, cerca de 50-60%", indica.