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Pioneira no technomelody, Gaby Amarantos descarta rivalidade: "Não se faz o movimento sozinha"

Artista falou com exclusividade à Band após ter a obra musical reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará

Por Bruno Costa

Mesmo sendo vencedora do Grammy Latino, ter a obra musical reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará e ser referência no technomelody, Gaby Amarantos não está isenta de questionamentos sobre o pioneirismo no technomelody.

A polêmica começou com uma fala da cantora durante participação no programa 'Altas Horas, da TV Globo, que afirmou ser "a precursora pioneira” do gênero paraense. O momento foi interpretado como uma provocação à cantora Manu Bahtidão.

Em entrevista à Band, durante a Festa de 10 anos do Spotify, Gaby comentou sobre a relação com as novas gerações do technobrega e descartou a suposta rivalidade entre as artistas.

"As pessoas sabem que quanto se ouviu falar sobre technobrega no Brasil pela primeira vez foi a gente lá em 2012. Fico feliz de ver outros artistas conquistando, porque o movimento não se faz com uma só. Nunca quis ser uma andorinha, sempre falei de outros artistas, principalmente mulheres do meu estado brilhando cada vez mais", disse.

Ela virou patrimônio

A obra musical de Gaby foi reconhecida como Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará, por meio do Projeto de Lei nº 714/2023, aprovada nesta terça-feira (3) pela Assembleia Legislativa do Pará.

A proposta, aprovada por unanimidade, teve autoria da deputada Lívia Duarte (Psol), que associou a homenagem com a luta de quem nasceu na periferia e venceu o Grammy Latino com o trabalho artístico.

"É a emoção de ver um estilo que foi tão marginalizado, sendo valorizado e colocado num lugar de realeza, que é o que a gente merece. Somos reis e rainhas", frisou.

A cantora ainda refletiu sobre o dilema de se dividir entre conceito artístico, levando a cultura do estado, e lutar para ter as músicas entre as mais ouvidas nas plataformas digitais. Ela respondeu dizendo que nunca respeitou as determinações da indústria musical.

"Eu sempre fui muito livre, fora da caixinha. É hipocrisia dizer que não quero que minha arte atinja outras pessoas. Quando você faz com verdade, com coração, eu estou há tantos anos acreditando numa coisa, que agora só está dando certo", concluiu.

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