Dá para acreditar que há mais de 20 anos o filme Central do Brasil (1998), de Walter Salles, era indicado ao Oscar? E que a partir dessa produção a história do cinema brasileiro voltou a ter espaço no circuito mundial? De lá pra cá, muita fita foi rebobinada e novos filmes nacionais passaram a ser mais vistos e procurados pelo público.
E você se lembra qual foi o primeiro filme brasileiro que viu? Continue a leitura que vem muito papo e dica para projetar na sua telinha em casa.
Momentos do cinema brasileiro
A influência de Hollywood
Ainda há quem prefira buscar filmes de outros países, principalmente as produções Hollywoodianas, considerada a mais antiga indústria de filmes e que ganhou fama por suas mega produções com efeitos especiais e, claro, investimentos na área.
Essa influência segue até hoje impactando a indústria cinematográfica do mundo inteiro, inclusive no Brasil, onde desde o início as exibições europeias lotavam as salas.
Entre 1930 a 1940 é possível perceber a força norte-americana no cinema brasileiro. Tanto em virtude do investimento das produtoras no mercado publicitário, como na construção da identidade do cinema nacional que buscava assemelhar-se às produções estrangeiras tecnicamente superiores.
O resultado disso foi visto nas telas, muitas salas de cinema priorizam a exibição de filmes hollywoodianos. Os grandes estúdios foram também responsáveis por sucessos que talvez você se lembre, como: O Poderoso Chefão (1972), Tubarão (1975), A saga Star Wars (1977), E.T. O Extra-Terrestre (1982), Jurassic Park (1993), entre tantos outros.
O formato original dos filmes nacionais
Enquanto isso, no Brasil, na passagem para a década de 1970, surgia um gênero tipicamente brasileiro de muito sucesso de bilheteria: a pornochanchada. Essa vertente com narrativas baseadas no humor e erotismo se tornou popular e produzida em larga escala até o desgaste do formato em meados dos anos 80.
Entre os clássicos que marcaram as sátiras deste período estão os títulos: Nem Sansão Nem Dalila (1954) e Matar ou Correr (1954), de Carlos Manga.
Apesar de ter sido alvo de muitas críticas, esse estilo de filmes foi um dos grandes responsáveis por levar o público ao cinema. Além de revelar atores e diretores que iniciaram suas carreiras nesse gênero. Entre eles, o cineasta Carlos (Cacá) Diegues, e a atriz Sônia Braga, que hoje é reconhecida por sua atuação no cinema internacional.
O tal do Cinema Novo
“Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, disse o cineasta Glauber Rocha, ao eternizar um dos conceitos mais marcantes do surgimento do movimento intitulado de "Cinema Novo" (1960).
Esse estilo de cinema tinha como proposta retratar principalmente as temáticas populares de cunho social e político, como a miséria, a fome, os conflitos de uma país de terceiro mundo, de um povo carente pelo básico, com foco na transformação da sociedade.
Representando o período, dentre muitas outras produções veiculadas, destaque para a tríade "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (Glauber Rocha, 1964), "Os Fuzis" (Ruy Guerra, 1964) e "Vidas Secas" (Nelson Pereira dos Santos, 1963).
Em busca do "final feliz"
Já no período Collor (1990 a 1992), a produção cinematográfica brasileira sofreu um período conturbado. Com cortes orçamentários na cultura resultando no fechamento da Embrafilme, o crescimento da instabilidade econômica do país e a popularização dos aparelhos de videocassete contribuíram para essa fase de baixa produção.
Mas o drama abre espaço para a esperança, em um movimento marcante e muito importante para a história conhecido como “A Retomada do Cinema”, que compreendeu o período de 1992 a 2003, no qual foram produzidos filmes brasileiros de grande repercussão internacional.
Sendo destaque os títulos: O Quatrilho (1995), de Fábio Barreto e O Que é Isso, Companheiro? (1997), de Bruno Barreto, ambos indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Prepara a pipoca e dá o play!
Como podemos conferir, cada fase vivida pelo cinema brasileiro teve a sua importância para a entrada da sétima arte em nosso país. Ao longo dessas décadas, muitos desafios foram vencidos para fazer as produções chegarem até as telonas e principalmente até ao grande público.
Hoje, o cinema brasileiro é considerado um dos maiores do mundo, reconhecido pela qualidade nas produções audiovisuais em diversos festivais de cinema. E, não para por aí! É possível encontrar diversos títulos também ocupando os meios digitais de distribuição.
Com os avanços da tecnologia e da diversidade de plataformas de streamings, o que antes estava nas telonas, também chega até às telinhas do celular. Fica ainda melhor com acesso gratuito, veja como é fácil acessar o aplicativo Bandplay.
Por isso, separamos para você uma lista dos 5 filmes que é possível encontrar na plataforma:
1. Cinemagia – A história das locadoras de vídeo no BrasiI
Esse é um documentário que conta a história das videolocadoras de São Paulo. Desde o seu surgimento à experiência de locar o filme até a superação desse modelo. Bateu a nostalgia aí?
2. MAGAL e os Formigas
O que esperar de um filme de comédia-dramática brasileiro, que traz a história de um aposentado ranzinza que tem visões com o cantor Sidney Magal? É o que você vai descobrir!
3. Entrando numa Roubada
Após um ator mal-sucedido ganhar o prêmio de R$100 mil para a produção de seu filme, ele convida seus antigos colegas "fracassados" para um plano que está fora do roteiro entre uma filmagem e outra.
4. Uma História de Amor e Fúria
Um filme de animação que conta a história de um um guerreiro indígena imortal e seu amor por Janaína. Durante sua jornada enfrenta importantes fases da história do Brasil.
5. Ó Paí, Ó
Uma viagem a Salvador com hospedagem garantida no cortiço da dona Joana e todos seus inquilinos amantes do Carnaval em pleno centro histórico do Pelourinho.
E aí, tá pronto para começar a maratona de filmes nacionais? Baixe o Bandplay e acesse mais conteúdos.