No processo que move contra Wilma Petrillo na tentativa de tirá-la da partilha de bens de Gal Costa, o filho da cantora, Gabriel Costa, acusa a empresária de ter inventado que teria a tutela legal sobre ele até que completasse 21 anos. No processo, o jovem usa este fato como um dos elementos para argumentar de foi coagido a assinar o reconhecimento da união estável entre ela e a artista.

No processo, ao qual Band Entretê teve acesso, o rapaz argumenta que Wilma teria lhe dito que exista um documento no qual ela manteria tutela legal sobre ele até os 21 anos, e que este foi um dos fatos que ela usou para convencê-lo a aceitar a reconhecer em juízo a união estável entre ela e Gal. O jovem também afirma que ela teria lhe dado remédios controlados, que o deixaram em um estado emocional mais frágil.

Na ação, os advogados de Gabriel argumentam que não há previsão legal para que uma tutela seja estendida até os 21 anos, e que o limite é que ela se mantenha até os 18.

Além disso, a defesa do herdeiro incluiu prints de conversas que teve com Wilma sobre o documento que provaria a existência da tutela. Em um dos diálogos anexados, depois de insistir com a produtora, ela admite que mentiu e que não havia nada que provasse suas declarações.

Procurada, a defesa de Wilma Petrillo não se manifestou até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A batalha judicial entre os dois foi tema no programa Muito + desta quarta-feira (3). Nele, a advogada Miriane Ferreira, especializada em direito da família, declarou que processos como este costumam ser longos e se arrastam por anos.

Entenda o caso

O filho de Gal Costa, Gabriel Costa, trava uma batalha na Justiça contra a produtora e viúva da cantora, Gal Costa. Ele alega que as duas não tinha uma relação estável e tenta retirar a empresária do inventário, o que o tornaria o único herdeiro.

Anteriormente, ele chegou a reconhecer que as duas teriam sim um relacionamento. Entretanto, na ação que move agora, ele diz que foi coagido a tomar essa posição.

O rapaz também pediu que o corpo da mãe seja exumado, sob o argumento de há “dúvida razoável” sobre a causa da morte – no atestado de óbito de Gal Costa foi constatado que ela sofreu um infarto agudo do miocárdio, além de sofrer de neoplastina maligna de cabeça e pescoço.

As suspeitas contra Wilma Petrillo se avolumaram após a divulgação de uma extensa matéria na revista Piauí, que mostrava que ela teria aplicado uma série de golpes em produtores e famosos. Além disso, foi levantado que ela teria descuidado do patrimônio de Gal. 

Amigos de Gal Costa, como o produtor Paulo Lima, chegaram a acusar Wilma de transformar Gal em outra pessoa, mais fechada e desconectada do mundo.