A infectologista Rosana Richtmann foi a convidada desta quarta-feira (15) do quadro Direto com o Doutor. Durante sua passagem pelo palco, a médica tirou dúvidas da equipe sobre a varíola do macaco – doença que foi registrada pela primeira vez no Brasil neste mês.
A infectologista ressaltou que os macacos não são culpados pela doença – eles normalmente são infectados por roedores ou outros mamíferos – e que não se trata de uma enfermidade nova, uma vez que já era um mal comum no continente africano, mas que recentemente se espalhou para outros lugares do mundo.
Varíola dos macacos: veja os sintomas
“No início da doença, os sintomas podem ser confundidos com os de outros vírus: dor de cabeça, febre e mal estar. O ideal é que a pessoa que está se sentindo assim não saia de casa e exponha os outros, porque ainda não sabe como o quadro vai se desenrolar”, alertou a médica.
“Em seguida aparecem lesões na pele que são conhecidas como ‘pústulas’, que coçam e incomodam – e as feridas todas têm a mesma fase de evolução”, ressaltou. Essa é uma característica que ajuda a diferenciar a doença da catapora, na qual algumas feridas podem estar cicatrizando enquanto outras ainda estão nascendo.
Como a varíola dos macacos é transmitida?
“A transmissão pode ser por gotículas, ou seja, por via respiratória. No entanto, o mais comum é que aconteça por contato. As lesões aparecem principalmente nas mãos, pés, face e região de genital. Por isso, o contato íntimo e mais prolongado, da pele com a pele, facilita sua disseminação”, explicou.