Jornalista, apresentadora e comentarista de esportes na Band, Marília Ruiz é uma das juradas convidadas da Dança das Feras. Em conversa com o apresentador Fausto Silva, a profissional comenta que mesmo com longa trajetória na área, ainda sofre preconceitos por estar no esporte e ser mulher.
“Eu nasci dentro do mundo do esporte, não tinha escolha, meu pai me levava para o estádio. Os bastidores e embrião do jornalismo esportivo são assim, sempre parece um discurso feminista, ‘mimimi’, mas é uma batalha diária. Todo dia eu preciso me reafirmar."
Marília já fez a cobertura de cinco Copas do Mundo, dezenas de Libertadores, Estaduais, Copa do Brasil, Brasileiros e muitos outros, ainda hoje ela vê que uma ‘mulher falando de futebol é um processo que está em construção’. “Sempre que alguém discorda de mim é porque eu sou mulher.”
“Lá em casa todo mundo gosta de futebol. Eles estão numa fase de jogar futebol o tempo todo. Tenho sido a mãe dos sonhos deles."
Apaixonada por futebol e pelo calor da torcida nos estádios, Marília critica a torcida única, medida adotada para diminuir a violência entre torcedores. Em vigor em São Paulo desde 2016, apenas a torcida de um dos clubes pode assistir o jogo no estádio.
"São Paulo virou o túmulo do futebol, torcida única é uma bobagem. Se tem uma cruzada que eu tento defender, é ser contra torcida única, porque forja caráter torcer, ganhar e aqui gente fomentou esse ódio, porque não pode nem dividir o mesmo metrô. Eu sou contra torcida única, não resolve nada. O problema é a impunidade”, critica.