O Exaltasamba é um dos grupos mais marcantes da história da música nacional e, durante o Faustão Na Band desta sexta-feira (28), foi exaltado por Péricles, um de seus fundadores. O cantor, que é dono de sucessos como “Tá Vendo Aquela Lua” e “Melhor Eu Ir”, refletiu sobre o passado e disse que a perseverança dos integrantes somada ao respeito ao público foi o segredo do sucesso.
Ele lembrou que passou mais de 10 anos tocando com o Exaltasamba sem lançar um disco ou qualquer trabalho autoral, mas destacou que o tempo foi aproveitado para aprimorar o talento dos músicos e tornar ainda mais sólida a interação dos integrantes. “Foram 10 ou 11 anos para gravar a primeira faixa, o primeiro disco… A gente tocou na noite durante bastante tempo e, em 1992, depois de 11 anos de carreira, a gente gravou o nosso primeiro disco. Muita gente desiste”, disse ao exaltar a perseverança dos amigos.
Péricles contou que, durante esse período, o Exaltasamba atuou como banda de apoio de alguns dos grandes nomes da música brasileira, como a lendária Jovelina Pérola Negra, com quem o cantor disse que aprendeu a ser artista. “Durante esses 11 anos, a gente foi banda principalmente da Jovelina Pérola Negra e de outros grandes artistas. Ela [Jovelina Pérola Negra] nos ensinou muito, principalmente isso de sair do fundo do palco e ir para frente enquanto o artista principal”, disse. “Eu aprendi muita coisa com ela, daí a gente surgiu, o Brasil passou a conhecer a gente e o resto é história”, completou.
Se não tiver no primeiro momento a vontade de seguir em frente, você não chega onde a gente chegou.
O cantor destacou também que, para uma carreira artística, muita coisa depende da perseverança dos profissionais e da vontade de fazer as coisas com respeito e amor ao público. “Aí vem a pergunta: ‘você quer, de fato, ser artista e viver disso?’. Essa foi uma pergunta que foi feita para nós e a gente provou no meio do caminho que era isso que a gente queria mesmo”, disse.
Faustão concordou com o amigo e destacou que a pressa é inimiga da perfeição. “Hoje em dia, a geração quer tudo muito rápido e aí pula etapas, não tem jeito. Assim, lá na frente são maiores os problemas, né?”, complementou.