No Mochila do Riso desta terça-feira (18), os jurados discutiram o quanto o nervosismo pode atrapalhar a performance de um artista quando ele está no palco. O assunto surgiu depois de Tirullipa avaliar que um dos candidatos se deixou levar pela ansiedade. 

“É complicado, né? O cara ficou meio nervoso, meio coisado. Eu senti o nervosismo dele”, disse. Logo em seguida, Faustão passou a bola para Flávia Reis. “Tem que controlar o sistema emocional?", questionou. 

“Essa situação de estar sendo julgado é difícil. Todo mundo vendo se você consegue fazer rir: isso é uma coisa insuportável. Às vezes vai dando aquela bola murcha que é difícil de sustentar. Mas tem que ser um pouco cara de pau. Manda uma e ninguém ri? Vou mudar a rota. Joga pra cá e ninguém ri de novo? Tem que ter autoconfiança de que está fazendo o negócio funcionar, o que nem sempre é fácil”, analisou. 

Em seguida, citou uma antiga experiência profissional. “Eu abria uma peça para o Paulo Gustavo. Começou em um teatrinho, depois ele foi crescendo e chegou a 3 mil pessoas. Não tinha uma saliva na minha boca. Era um desespero”, confessou. 

Por fim, foi a vez de Paulo Bonfá entrar no assunto. “Não somos só nós quatro e a plateia: são as câmeras e todo o pessoal de casa. Ele teve um primeiro participante que foi muito bem. Isso gerou um calor, ele ficou mais nervoso por conta disso. O texto é bom, ele é experiente. Só teve um problema de palco”, garantiu. 

Antes de encerrar o tema, Paulo comentou o quanto a conexão com a plateia é importante para o humorista. “Para quem está acostumado com teatro, o tempo é o da risada do público. Se ri, você espera. Se não, você vai queimando texto, tentando ver se encaixa, até conseguir ganhar a plateia e não ficar com a boca seca”, detalhou.