Matheus e Kauan formam uma das duplas mais populares da música sertaneja e, nesta sexta-feira (21), agitaram o palco do Faustão Na Band. Além de apresentar alguns dos sucessos que marcaram a carreira de mais de 15 anos, os irmãos falaram sobre a morte de grandes nomes da música - como Cristiano Araújo e Marília Mendonça - e refletiram sobre os perigos da própria rotina de trabalho.
Enquanto falavam sobre a falta que Cristiano Araújo faz para a cultura do Brasil, Matheus e Kauan relacionaram a rotina exaustiva de viagens com as tragédias que pararam o universo sertanejo e resultaram nas mortes de alguns dos nomes mais famosos do país. “Essas tragédias que acontecem com nomes como o Cristiano, Marília Mendonça e Gabriel Diniz fazem a gente repensar muita coisa da nossa loucura de estrada”, disse Kauan.
O músico contou que ver o desfecho das carreiras dos amigos o faz pensar em diminuir o próprio ritmo e valorizar ainda mais a segurança da dupla e demais funcionários. “Faz pensar em diminuir a quantidade de shows porque realmente se torna uma vida muito perigosa porque você está todos os dias na estrada, geralmente viajando de noite”, disse o músico ao confessar que a vontade de estar em casa pode virar um potencializados de problemas.
A gente está sempre no olho do furacão e a pressa é a inimiga de tudo porque a gente só quer ir para casa. A gente sai de um show cansado e quer ver os filhos e tem esse processo de acelerar [o retorno] as vezes e isso acaba prejudicando demais e nossa vontade se torna um pouco perigosa.
Com a reflexão feita, os músicos homenageadas Cristiano Araújo. Apresentaram o sucesso “Mente Pra Mim” e falaram sobre os primeiros contatos que tiveram com o irmão de Felipe Araújo. “Eu conheci o Cristiano antes do Matheus, a gente era muito amigo e cantava juntos nos bares de Goiânia quando eu tinha outra dupla. A gente se encontrava muito, quase todas as noites, nos mesmos bares e criou uma amizade muito bacana”, disse Kauan. “Ele é um cara que deixou muita saudades”, completou.