Um dos maiores "sócios" desde os tempos de Perdidos na Noite, o cantor Lobão reencontrou Fausto Silva ao participar do Na Pista do Sucesso desta quinta-feira (21). Além de amigo pessoal, o rockeiro fez parte da história do apresentador em seu primeiro programa nos anos 80.
Com 48 anos de carreira, Lobão já gravou 19 discos, e é uma das vozes mais autênticas do rock brasileiro. Em conversa com Faustão, o cantor refletiu sobre o fenômeno do gênero musical no passado e como enxerga a cena hoje.
Para Lobão, o rock nunca deveria ter sido generalizado, e que, embora tenha sido um dos responsáveis por popularizar o gênero, a cena alternativa dá mais liberdade para os rockeiros: "O rock está onde merece e precisa estar. Foi um acidente de percurso muito sério a gente virar mainstream. Tem que ficar onde está se não fica com cara de bocó e não sabe o porquê", disse.
Em novembro, faz 40 anos do primeiro disco de Lobão, e ele lembrou da época em que se apresentava ao lado de Fausto Silva nos anos 80: "A gente saiu em turnê com 'Perdidos no Rock', com o Faustão apresentando. Lobão e os Ronaldos, Ultraje a Rigor, Kiko Zambianchi, era uma loucura. Tinha guerra de pistola de água, de travesseiro", lembrou.
Lobão 2022
Mesmo com quase 50 anos de carreira, Lobão continua a todo vapor. O cantor se prepara para lançar ainda este ano o projeto "Canções de Quarentena", com 32 músicas de artistas que o inspiraram na infância e adolescência.
Lobão contou que teve a ideia de gravar as canções em estúdio durante o isolamento social causado pela pandemia: "Eu estava em casa fazendo nada, aí pensei em fazer gravar músicas de Dolores Duran, Raul Seixas, Mutantes, Gil, Caetano, Macalé, Tim Maia, uma variedade".
Com um estúdio em casa, Lobão fez todo o trabalho sozinho: tocar os instrumentos, produzir e mixar as faixas. O projeto será lançado através de um financiamento coletivo, em que os fãs poderão contribuir com cotas que começam em R$ 50,00 chegando até R$ 25.000,00, cada uma com benefícios diferentes.