A banda Mamonas Assassinas é um dos maiores fenômenos dos anos 90 e, mesmo depois de 25 anos do acidente que matou todos os integrantes, continua viva na memória dos Brasileiros. Nesta quarta-feira, no Busão do Faustão, uma banda cover dos Mamonas conquistou o auditório e despertou em Faustão lembranças com os artistas e detalhes do dia da morte dos músicos.
Mortos no dia 2 de maio de 1996, o sexteto estava programado para se apresentar no palco do Faustão na tarde seguinte, no dia 3. “Eles estavam programados para o Domingão, tivemos que alterar toda a programação ao vivo”, revelou o apresentador. “Essa é uma tragédia que foi um absurdo para o Brasil, como foi a da Marília Mendonça recentemente”, completou.
Anne Lottermann concordou com Faustão e disse lembrar do dia do acidente, mas chama a atenção para o carinho que os Mamonas Assassinas ainda recebem do público: “Estão muito vivos ainda”.
Os artistas que formam a banda cover dos Mamonas Assassinas contaram que começaram a trabalhar com a intenção de se apresentar pelo Brasil e acabaram ganhando, inclusive, o apoio dos familiares dos artistas homenageados. “Receptividade ótima por parte dos parentes”, explicaram. Na conversa, Faustão destacou a importância de grupos de cover e elogiou os músicos: “Quando fazem bem feito, como é o caso deles, acaba sendo tanto uma homenagem como uma maneira de mostrar que está viva a chama dos Mamonas”.
Amizade de Faustão com Dinho começou no Perdidos Na Noite
Em meio às apresentações de sucessos da banda, Faustão contou para o público que sua relação com Dinho começou antes mesmo da estreia dos Mamonas Assassinas. O apresentador conta que teve contato com o artista ainda na época do Perdidos Na Noite, da Band. “Foi em um dia que faltou um baterista e eu perguntei ‘alguém toca bateria?’, ele se apresentou”, disse e brincou: “Não tocava nada, mas era um cara de pau”.
“Ele ainda nem estava no Mamonas, nem tinha o grupo. Esse grupo que durou quase 10 anos, de 1989 até 1996 e, há 26 anos, é um legado que ninguém esquece”, disse Faustão.
Foi na época em que participou do Perdidos Na Noite que Dinho decidiu mergulhar de cabeça na música. Aos 17 anos, o cantor já havia sido eleito “Garoto Verão” de Guarulhos, vencido um concurso de dança do Silvio Santos e conquistado Faustão no programa da Rede Bandeirantes. Ele decidiu largar os estudos depois de completar o segundo ano do segundo grau e partiu em busca de seu espaço na música.
Nesse cenário, Dinho conheceu os demais integrantes do Mamonas Assassinas em uma casa de shows de Guarulhos. Já como banda, os músicos conquistaram o Brasil e emplacaram sucessos como “Pelados em Santos”, “Vira-Vira” e “Robocop Gay”.
