Não é por acaso que Djamila Ribeiro se tornou uma das filósofas mais importantes do Brasil: além de ter uma trajetória de vida inspiradora, suas obras se tornaram referência para quem deseja entender mais sobre a desigualdade racial no país.
Para marcar o Dia Internacional da Mulher, Djamila deu um depoimento para o Faustão Na Band, incentivando a participação dos homens na luta por igualdade de gênero.
“É muito importante a gente falar da pauta das mulheres. Eu venho de uma família de mulheres muito lutadoras, trabalhadoras. Minha mãe foi trabalhadora doméstica, minha vó também. Mas elas sempre souberam a importância da educação, lutaram muito pra que a gente pudesse estudar”, relembrou.
“O dia 8 de março é uma data importante porque marca o Dia Internacional das Mulheres, mas não podemos olhar como uma data para ganhar flores ou parabenizar as mulheres. Mulheres ganham menos do que homens, as mulheres negras ganham menos ainda do que todo mundo. Então que essa data sirva pra gente aprofundar a reflexão do quanto que é importante que a sociedade se mobilize contra a desigualdade. Não só as mulheres, os homens também se mobilizem, porque nós vivemos em relação”, avaliou.
“Eu parto de um lugar do feminismo negro em que a gente trabalha pra não deixar nenhuma mulher de fora: existem várias possibilidades de ser mulher. A branca, a heterossexual, a lésbica, a negra. Isso não significa que a gente está dividindo: pelo contrário, estamos reconhecendo a diversidade existente na sociedade, mas que precisamos estar juntas nesse debate que diz respeito a todas nós”.