Como é a dor de apendicite? Médico responde esta e outras dúvidas no Faustão

Especialista em sistema digestivo respondeu perguntas sobre azia, refluxo, gastrite e outros problemas

Sidney Klajner, cirurgião do aparelho digestivo e presidente do Hospital Albert Einstein, participou do quadro Direto com o Doutor nesta quarta-feira (1). Durante o programa, ele respondeu dúvidas da equipe, do auditório e do público sobre males como apendicite, gastrite e azia. Veja a seguir o que foi discutido:

Sinais de apendicite

Segundo o especialista, até mesmo os profissionais da saúde podem ter dificuldades em reconhecer uma apendicite: isso porque ela começa na barriga toda. “No início, a pessoa pode perder o apetite, sentir como se tivesse comido algo estragado. Só depois, de repente, a dor fica só do lado direito”, explicou. 

O médico alertou que dores localizadas devem sempre ser investigadas. “Se você aperta um ponto e ele dói muito, vale a pena um médico investigar. Além de apendicite, pode ser também diverticulite, por exemplo”, pontuou. 

A investigação é necessária, principalmente, em função da gravidade. “Apendicite é uma doença que mata. Se você não opera em um tempo adequado, ela progride da fase leve para a fase média. O órgão vai ficando inchado, inflama e pode perfurar. Com isso, o pus tende a vasar para a barriga, deixando o quadro muito mais complicado". 

Por isso é importante consultar um médico: quanto mais cedo o órgão foi resolvido, maior a chance de em apenas um dia o paciente estar de volta às suas atividades. 

Por que sentimos azia e como evitá-la?

A azia acontece quando o conteúdo ácido do estômago reflui, gerando sensação de queimação. “Alguns alimentos enfraquecem mais o músculo do esôfago, o que facilita esse processo. O estresse aumenta a acidez do estômago, também contribuindo para o aparecimento do desconforto. O ideal é avaliar para saber se existe algum defeito no organismo ou se apenas uma mudança de hábitos é suficiente para controlar”, detalhou. 

Pimenta pode causar hemorróidas?

Ao contrário do que muitos imaginam, o consumo isolado de nenhum alimento é capaz de provocar a doença. “No entanto, ela piora muito os sintomas. Qualquer um que siga uma alimentação muito condimentada e já sofra do problema pode experimentar inchaço e sangramento na região”, alertou o médico. 

Sidney aproveitou para explicar que a doença é causada por diferentes fatores: de genética a estilo de vida. “Quem passa muito tempo em pé, faz muito esforço físico e até atletas que correm maratona podem desenvolver os sintomas. O tratamento depende do quanto eles impactam na qualidade de vida”, apontou. 

Água com limão e jejum podem agredir o estômago?

As técnicas da moda para emagrecimento também foram assunto no palco do programa. A primeira questão foi sobre o consumo de água com limão de manhã: Carol Amaral quis saber se o método faz mal para a saúde. O cirurgião explicou que a acidez do suco do limão após longas horas sem comer pode ser prejudicial para o estômago e favorecer o surgimento de gastrite. 

Da mesma forma, o jejum intermitente aumenta a produção de ácido do órgão, podendo prejudicar o seu funcionamento. 

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