Banda cover dos Mamonas Assassinas venceu o Busão do Faustão; conheça

A banda Lua Nua, de Americana (SP), foi formada graças a uma paixão do vocalista

Da Redação

Preocupação com os trejeitos, com o figurino e até com a ordem as músicas: quem pensa que manter uma banda cover é fácil está muito enganado. O grupo Lua Nua, vencedor do Busão do Faustão desta quarta-feira (11), faz cover de diversos artistas -- mas principalmente da banda Mamonas Assassinas – e garante que a preparação não é simples. 

Ao site do Faustão Na Band, o vocalista China conta que a banda se apresenta como cover dos Mamonas há mais de 10 anos. “Tocamos também outros artistas, como Legião Urbana, Capital Inicial, Los Hermanos e Raiumundos. Isso porque o Mamonas tem um repertório curto – e normalmente nos shows somos contratados para tocar por duas horas”, explica. 

A ideia surgiu de uma paixão antiga. “Eu era apaixonado pelos Mamonas desde quando eu vi o grupo na TV. Aí eles foram tocar na frente da minha casa, lá em Americana (SP). Só que eu não pude entrar, fiquei lá frente só escutando. A apresentação aconteceu em uma casa de shows de uma avenida do centro da cidade e lotou. A rua teve que fechar. Eu fiquei mais apaixonado ainda quando vi o Dinho chegando, eu cheguei pertinho dele. Aí aconteceu o acidente e gravou esse amor mesmo, para sempre”, relembra.  

Quando soube da colisão do avião na Serra da Cantareira, que matou os cinco integrantes da banda em 1996, China tinha apenas 12 anos. “Eu só pensava em vir pra Guarulhos, mas não tinha como. Vira e mexe cai a ficha e eu fico pensando que nunca mais eles vão tocar. Realmente vai ser eterna a falta que faz”, confessa.  

Ainda na escola, ele conheceu Japonês, que se parecia muito com Bento, guitarrista do Mamonas. “Ele era magrinho, bonito, igualzinho a ele. Eu o segui até a porta da sua casa e disse que queria ensiná-lo a tocar violão e depois guitarra, porque queria montar uma banda cover do Mamonas", conta China. 

Mais tarde foram chegando os próximos membros. “O primeiro show foi uma desordem. Deu aquele friozinho na barriga, todo mundo nervoso, tenso. Mas hoje em dia está tudo melhor”, garante. No passado, eles chegaram a se apresentar com caixas de feira formando o palco e um público bastante limitado. “Uma vez, no nosso show, tinha dez pessoas – e seis eram da banda”, brinca. 

Na pandemia, eles pararam com as apresentações e fizeram apenas lives. “Mas não é a mesma coisa, não passa a mesma energia”, avalia. Agora, a banda retomou o ritmo normal das apresentações e explica que a rotina não é tão simples. “A gente tem que imitar o trejeito, as roupas, a ordem das músicas, tudo para ficar o mais parecido possível”, pontua.